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Petróleo fecha em forte queda, com cautela em torno de Irma

O furacão deverá chegar à Flórida no fim de semana, embora o caminho exato e a força da tempestade ainda possam mudar

Petróleo: investidores esperam que os mercados de energia permaneçam voláteis (John Moore/Getty Images)

Petróleo: investidores esperam que os mercados de energia permaneçam voláteis (John Moore/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de setembro de 2017 às 16h53.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte queda nesta sexta-feira, 8, refletindo o sentimento de cautela dos investidores com a aproximação do furacão Irma e a lenta recuperação das refinarias do Golfo do México após a passagem do Harvey na semana passada.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em baixa de 3,28%, a US$ 47,48 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo tipo Brent recuou 1,30%, a US$ 53,78. Na semana, o WTI teve valorização de 0,40% e o Brent, de 1,95%.

O furacão Irma, de categoria 4, deverá chegar à Flórida no fim de semana, embora o caminho exato e a força da tempestade ainda possam mudar.

A chegada do Irma aos Estados Unidos ocorre pouco depois da passagem do Harvey, que atingiu os Estados do Texas e da Louisiana na semana passada, antes de ser rebaixado para tempestade tropical e, depois, para depressão tropical.

Enquanto os danos causados na Flórida terão menos impacto nas refinarias de energia do que em Houston, a perspectiva de uma nova tempestade a tocar o solo americano provocou alguns receios de novas interrupções para as refinarias nessa área.

Alguns analistas também esperam que as tempestades pesem sobre a demanda dos consumidores por combustível.

Os preços do petróleo, que haviam se recuperado no início desta semana, em meio a relatos de que as refinarias voltariam a operar após a passagem do Harvey, passaram a cair.

O motivo seria a lenta recuperação do trabalho nas refinarias. "Elas ainda não estão de volta à velocidade máxima e isso está impedindo uma recuperação maior", afirmou o diretor de estratégia de commodities do Saxo Bank, Ole Hansen.

Na quinta-feira, 7, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA informou que os estoques de petróleo subiram 4,6 milhões de barris na semana encerrada em 1º de setembro, já que cerca de 20% da capacidade de refino do país foi paralisada e as instalações deixaram de processar petróleo em combustível.

Os investidores esperam que os mercados de energia permaneçam voláteis, já que aguardam mais informações sobre os furacões que se desenvolvem no Atlântico.

O mercado está atento às tormentas José e Katia, caso elas também se aproximem da Costa do Golfo ou de outras áreas chave para o fornecimento e a demanda de petróleo.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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