Petróleo: nos EUA, o índice de preços ao produtor (PPI) recuou 0,6% em março, enquanto economistas esperavam uma queda de 0,4%. As vendas no varejo dos EUA caíram 0,4% em março ante fevereiro, abaixo da expectativa de 0,1%. (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2013 às 18h16.
Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam o dia em queda, pressionados por dados ruins dos Estados Unidos, uma nova onda de preocupações com o Chipre e recentes quedas nas previsões de demanda pela commodity. A combinação desses fatores contribuiu para o fechamento no menor nível em mais de um mês.
Os contratos futuros com vencimento para maio caíram US$ 2,22 (2,37%) e fecharam o dia a US$ 91,29 por barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), menor nível em cinco semanas, e acumulou queda de 1,5% na semana. O petróleo do tipo Brent, negociado na plataforma ICE, perdeu US$ 1,16 (1,11%) e encerrou a sessão a US$ 104,27, em seu menor nível em nove meses.
Nos EUA, o índice de preços ao produtor (PPI) recuou 0,6% em março, enquanto economistas esperavam uma queda de 0,4%. As vendas no varejo dos EUA caíram 0,4% em março ante fevereiro, abaixo da expectativa de 0,1%. Outro dado ruim da economia norte-americana foi quanto aos estoques das empresas dos EUA, que subiram 0,1% em fevereiro ante janeiro, abaixo da previsão dos analistas, de aumento de 0,5%. Na Europa, as preocupações voltaram a se concentrar no Chipre, com mudanças no pacote de resgate ao país que levaram a um aumento do custo para 23 bilhões de euros.
"A queda dos preços do petróleo coincidem com o enfraquecimento da economia", disse James Williams, economista da WTRG Economics, acrescentando que "o velho ditado que diz que preços elevados do petróleo causam recessão é tão verdade quanto o inverso. Economias fracas provocam queda nos preços do petróleo (...). Os problemas na Europa e nos Estados Unidos estão começando a impactar a Ásia, que há algum tempo vinha sendo a fonte do aumento do consumo de petróleo", disse.
O Brent, segundo traders, está sob pressão diante de preocupações contínuas sobre o enfraquecimento das economias europeias e a redução na demanda provocada pela manutenção das refinarias na Europa e na Ásia, juntamente com o aumento da concorrência da produção de petróleo dos EUA, o WTI.
Analistas do Barclays dizem que o enfraquecimento atual dos preços do petróleo é "transitório" e que a demanda vai subir nos próximos meses, com o fim da manutenção das refinarias da Europa no final de março e o consequente aumento da demanda por petróleo. As informações são da Dow Jones.