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Petróleo fecha em baixa, digerindo tensões no Oriente Médio

Também contribuiu para as perdas o relatório semanal da Baker Hughes, que informou aumento no número de poços e plataformas de petróleo em operação nos EUA

Petróleo: já está precificada pelo mercado uma extensão aos cortes na produção de petróleo (Thinkstock/Thinkstock)

Petróleo: já está precificada pelo mercado uma extensão aos cortes na produção de petróleo (Thinkstock/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de novembro de 2017 às 19h16.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta sexta-feira, 10, após terem oscilado entre ganhos e perdas durante toda a sessão, com os investidores digerindo as tensões políticas no Oriente Médio, que apoiaram os ganhos dos preços na semana.

Também contribuiu para as perdas o relatório semanal da Baker Hughes, que informou aumento no número de poços e plataformas de petróleo em operação nos Estados Unidos.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 0,75%, a US$ 56,74 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo Brent para janeiro recuou 0,64%, a US$ 63,52. Na semana, o WTI subiu 1,98% e o Brent avançou 2,34%.

A Arábia Saudita deteve 201 indivíduos, incluindo príncipes, empresários e funcionários do governo, após uma investigação de três anos a qual estima que US$ 100 bilhões foram desviados de fundos estaduais. As ações ajudaram os preços do petróleo a atingirem o maior nível em mais de dois anos nesta semana.

"A Arábia Saudita é o segundo maior produtor de petróleo depois da Rússia, é o maior exportador e é o país com a maior capacidade disponível. Então, obviamente, se em uma região petrolífera tão importante acontece algo que você não espera, você começa a ver o risco nos preços", afirmou o analista da UBS Wealth Management, Giovanni Staunovo.

O movimento saudita segue um recente aumento nos riscos geopolíticos em outros produtores de petróleo, incluindo Venezuela e Iraque, aponta Staunovo.

Alguns analistas afirmaram que o rali do petróleo provavelmente prosseguirá, impulsionado pela instabilidade na Arábia Saudita, pela forte demanda e pelo encolhimento dos estoques da commodity.

"Ainda estamos vendo isso como uma pausa após diversos dias onde houve um bull market muito forte, que provavelmente terá prosseguimento nas próximas sessões", escreveu o presidente da Ritterbusch Associates, Jim Ritterbusch, em nota a clientes.

De acordo com alguns analistas, já está precificada pelo mercado uma extensão aos cortes na produção de petróleo, os quais estão sendo realizados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e por outros grandes produtores.

O grupo deve se reunir em 30 de novembro, quando deve discutir uma possível extensão de nove meses para os cortes. O atual pacto deve expirar em março de 2018.

"O mercado está convencido de que a Opep conseguirá apertar o mercado suficientemente ao estender seus cortes de produção", comentaram os estrategistas do Commerzbank, em relatório a clientes. Qualquer resultado da reunião que seja inferior a uma extensão de nove meses pode desencadear uma correção descendente nos preços, alertou o banco alemão.

Ainda nesta sexta-feira, a Baker Hughes informou, em seu relatório semanal, que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA subiu nove, para 783 na última semana.

Com isso, os preços do petróleo se firmaram no campo negativo nesta sexta-feira.

Fonte: Dow Jones Newswires

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