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Petróleo fecha em alta, impulsionado por relatório da AIE

Além disso, dados da balança comercial da China e o relatório semanal da Baker Hughes influenciaram os preços do petróleo

Petróleo: a Arábia Saudita cortou a produção acima do esperado, mas o Iraque cumpriu 53% da meta e a Venezuela, apenas 18% (Thinkstock/Thinkstock)

Petróleo: a Arábia Saudita cortou a produção acima do esperado, mas o Iraque cumpriu 53% da meta e a Venezuela, apenas 18% (Thinkstock/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de fevereiro de 2017 às 18h52.

São Paulo - Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira, 10, impulsionados pelo relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), segundo o qual a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cumpriu 90% de sua meta de redução da oferta da commodity.

Além disso, dados da balança comercial da China e o relatório semanal da Baker Hughes influenciaram os preços do petróleo.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março fechou em alta de 1,62%, a US$ 53,86 por barril. Em Londres, na Intercontinental Exchange (ICE), o petróleo Brent para abril avançou 1,92%, a US$ 56,70 por barril.

Os membros da Opep cumpriram 90% do corte combinado em sua produção, de acordo com o relatório da AIE divulgado nesta sexta-feira.

Segundo a agência, a produção da Opep recuou 1 milhão de barris por dia em janeiro, na comparação com o mês anterior, para 32,06 milhões de barris por dia. No entanto, os membros da Opep têm porções diferentes de responsabilidade pela redução na oferta.

A Arábia Saudita cortou a produção acima do esperado, mas o Iraque cumpriu 53% da meta e a Venezuela, apenas 18%.

Segundo a AIE, a Rússia, que também concordou em cortar sua produção, mesmo sem fazer parte do cartel, cumpriu um terço do combinado.

"Os cortes da Opep são reais", disseram analistas do banco de investimentos em energia Tudor, Pickering, Holt & Co. Segundo os analistas, a plateia que sempre diz "a Opep sempre nos engana" pode descansar um pouco agora.

No entanto, alguns analistas apontam para o aumento da produção dos membros da Opep, que foram isentos do acordo, como um risco para o futuro.

Na África, a produção da Líbia e da Nigéria cresceu 200 mil barris por dia. "Os cortes da Opep estão, em grande parte, sendo implementados.

E, mais importante, a Rússia está cumprindo com o acordo", disse Georgi Slavov, diretor global de pesquisa em energia da Marex Spectron.

Dados da balança comercial chinesa também influenciaram os preços do petróleo. Em janeiro, tanto as exportações quanto as importações da China aumentaram bastante acima do previsto.

As compras da China de petróleo bruto registraram avanço anual de 28%, a 34,03 milhões de toneladas - o equivalente a 8,05 milhões de barris por dia, sendo o segundo maior volume já registrado.

À tarde, a Baker Hughes informou que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA subiu 8, para 591 na última semana. Na comparação anual, no entanto, o número representa alta de 152.

(Com informações da Dow Jones Newswires)

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