Às 7h50 (de Brasília), o contrato de petróleo para setembro negociado na Nymex caía 1,35%, para US$ 40,25 por barril, enquanto o contrato para outubro recuava 1,48%, para US$ 40,66 por barril (thinkstock)
Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2015 às 08h46.
Londres - Os preços do petróleo estendem a queda iniciada ontem depois que o Departamento de Energia (DoE) dos EUA informou um inesperado aumento dos estoques no país.
O contrato negociado na Nymex opera no patamar de US$ 40 por barril, nos níveis mais baixos em seis anos.
Analistas afirmam que enquanto refinarias ao redor do mundo param as atividades para manutenção durante esta época do ano a demanda por petróleo bruto vai diminuir ainda mais e os preços podem chegar a US$ 30 por barril, o que não é visto desde o auge da crise financeira global, em 2009.
"A oferta continua sendo o principal obstáculo para qualquer potencial recuperação dos preços", comentaram analistas da Marex Spectron em nota a clientes. Com relação à demanda, uma inesperada interrupção das operações em uma refinaria da BP em Indiana, nos EUA, aumentou os receios de falta de demanda para o atual excesso de oferta.
Enquanto isso, o México fez um hedge para suas exportações de petróleo para 2016 ao preço médio de US$ 49 por barril, 36% menor do que o hedge feito para este ano. Isso significa que o governo mexicano acredita que os preços permanecerão baixos, em mais um sinal negativo para o mercado.
Nono maior produtor de petróleo do mundo, o México compra opções que garantam um preço mínimo para seu petróleo e, assim, protege as finanças públicas de inesperados choques nos preços da commodity.
Às 7h50 (de Brasília), o contrato de petróleo para setembro negociado na Nymex, que expira após o fechamento hoje, caía 1,35%, para US$ 40,25 por barril, enquanto o contrato para outubro, que já é o mais líquido, recuava 1,48%, para US$ 40,66 por barril. Na ICE, o Brent para outubro tinha queda de 1,65%, para US$ 46,38 por barril.