Petróleo: dados como o de hoje mostram que mundo ainda passa por situação de excesso de oferta (David Mcnew/AFP)
Da Redação
Publicado em 11 de fevereiro de 2015 às 18h11.
Nova York - Os contratos futuros do petróleo caíram nesta quarta-feira, 11, em Nova York, após o anúncio feito pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE) de que os estoques se mantiveram perto da maior nível em 80 anos mesmo com a queda do número de poços e plataformas de perfuração em atividade no país.
Dados do DoE mostram que os estoques norte-americanos de petróleo bruto aumentaram 4,868 milhões de barris na semana até 6 de fevereiro, para um total de 417,928 milhões de barris.
O resultado foi um pouco maior do que o esperado por analistas, que previam alta de 4 milhões de barris, e reforça os dados de ontem do American Petroleum Institute (API), que divulgaram uma alta nos estoques de 1,6 milhões de barris na semana passada.
"O mundo está inundado de petróleo num momento em que as estimativas de demanda são tímidas, para dizer o mínimo", afirmou Tyler Richey, analista da 7:00s Report.
Os preços do petróleo se recuperaram nas últimas duas semanas, em meio a relatos de cortes nos investimentos e queda da produção no segundo semestre, especialmente nos EUA.
No entanto, dados como o de hoje mostram que o mundo ainda passa por uma situação de excesso de oferta.
Muitos analistas acreditam que os estoques devem continuar a subir nos próximas semanas, antes que as refinarias comecem a fechar para a temporada de reparos.
"É um jogo interessante de sobe e desce (...) entre a contagem dos poços e plataformas que saem de operação e os estoques que continuam a subir", disse Matt Sallee, analista da Tortoise Capital Advisors.
Sallee acredita que a produção norte-americana deve se estabilizar antes do meio do ano.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos de petróleo bruto para março fecharam a US$ 48,84 por barril, em queda de US$ 1,18 (2,36%).
Já na Intercontinental Exchange (ICE), os contratos do petróleo Brent para março fecharam a US$ 54,66 por barril, em queda de US$ 1,77 (3,14%).
Com informações da Dow Jones Newswires.