Guerra comercial despertou preocupações quanto a demanda por petróleo. (Dominique BERBAIN/Getty Images)
Reuters
Publicado em 1 de agosto de 2019 às 16h10.
Última atualização em 1 de agosto de 2019 às 16h14.
Os preços do petróleo despencaram mais de 6% nesta quinta, recuando pela primeira vez em seis dias, depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar no Twitter que irá impor uma tarifa adicional de 10% sobre 300 bilhões de dólares em importações chinesas a partir de 1º de setembro.
Como efeito, as ações preferenciais da Petrobras (PN) chegaram a recuar mais de 2%, pressionando a bolsa brasileira.
Uma prolongada guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo despertou preocupações a respeito da demanda por petróleo.
Por volta das 15h25 desta quinta-feira, os contratos futuros do petróleo Brent caíam 4 dólares, ou 6,15%, para 61,05 dólares por barril, enquanto o petróleo dos EUA recuava 4,36 dólares, ou 7,44%, para 54,22 dólares o barril.
"Os preços do petróleo caíram consideravelmente hoje, sofrendo dois golpes de uma só vez, com desânimo quanto ao relaxamento monetário pelo Federal Reserve e o anúncio do presidente Trump de que mais tarifas serão impostas aos produtos chineses", disse John Kilduff, sócio da Again Capital Management.
"A guerra comercial EUA-China já impactou pesadamente a perspectiva de demanda por energia e isso (o tuíte de Trump sobre as tarifas) vai apenas se somar a essas preocupações. A guerra comercial está claramente longe do fim."
No início da sessão, os preços foram pressionados pela redução das taxas de juros norte-americanas pelo Fed, que contrariou expectativas após o chefe do banco central dos EUA afirmar que o corte na véspera pode não ser o começo de uma longa série de reduções de juros para fortalecer a economia contra a fraqueza econômica global.