Mercados

Petróleo cai 2,23% após cúpula da UE e dado da China

O contrato de petróleo para novembro perdeu US$ 2,05, fechando a US$ 90,05 o barril


	Plataforma de petróleo: na plataforma eletrônica ICE, o barril do petróleo do tipo Brent para dezembro recuou US$ 2,28
 (Mikhail Mordasov/AFP)

Plataforma de petróleo: na plataforma eletrônica ICE, o barril do petróleo do tipo Brent para dezembro recuou US$ 2,28 (Mikhail Mordasov/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2012 às 17h54.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) encerraram em forte queda nesta sexta-feira, pressionados pela alta do dólar, pela decepção com a cúpula da União Europeia e por dados desanimadores da China.

O contrato de petróleo para novembro perdeu US$ 2,05 (2,23%), fechando a US$ 90,05 o barril, o menor nível desde 8 de outubro. Na semana, o contrato acumulou perda de 1,97%. Na plataforma eletrônica ICE, o barril do petróleo do tipo Brent para dezembro recuou US$ 2,28 (2,03%), terminando a US$ 110,14. No acumulado da semana, o Brent teve retração de 3,91%.

A falta de um acordo entre os líderes europeus para a implementação de um supervisor bancário conjunto na zona do euro - que abriria caminho para a recapitalização dos bancos pelo Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês) - prejudicou o humor dos investidores.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, descartou a possibilidade de os bancos da Espanha serem capazes de pedir, retroativamente, uma recapitalização direta pelo ESM. "Não haverá uma recapitalização bancária direta retroativa para os bancos da Espanha. Quando a recapitalização direta for possível, então vai se aplicar somente para futuras necessidades dos bancos", disse a premiê ao fim da reunião de cúpula de dois dias da UE, realizada em Bruxelas.


Esse cenário pesou sobre o euro, causando a valorização do dólar, que é prejudicial para o petróleo. Como é denominada na moeda norte-americana, a commodity se torna mais cara para investidores que usam outras moedas quando o dólar se fortalece.

Além disso, a situação da China preocupa. O investimento estrangeiro direto (IED) no país alcançou US$ 8,43 bilhões em setembro. O valor foi 6,8% menor na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo o Ministério do Comércio.

Os preços do petróleo foram puxados para baixo também pela forte queda da gasolina nos últimos dias. O contrato de gasolina reformulada (RBOB) para novembro perdeu US$ 1,8% neste pregão, fechando a US$ 2,6963 o galão, o menor nível desde 2 de julho. Nas últimas sete sessões, a gasolina acumula perda de 8,9%.

"Há uma falta geral de confiança. Hoje o petróleo acompanhou a queda nos mercados de ações. Parece que ele está se ligando novamente ao mercado mais amplo", comenta Gene McGillian, corretor e analista da Tradition Energy. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresCombustíveisEnergiaPetróleo

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney