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Petróleo atinge menor valor em quatro meses; plano da Opep+ é questionado

O Brent caiu para menos de US$ 78 por barril; já o West Texas Intermediate estava abaixo de US$ 74

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 4 de junho de 2024 às 06h33.

A cotação do petróleo continua caindo e atingiu seu menor valor em quatro meses. Segundo a Bloomberg, isso é resultado do plano da Opep+ de devolver barris ao mercado mais cedo do que o esperado, o que levantou preocupações sobre o excesso de oferta.

O Brent caiu para menos de US$ 78 por barril depois que o contrato de agosto caiu 3,4% na segunda-feira. Já o West Texas Intermediate estava abaixo de US$ 74.

O cartel está programado para começar a reduzir os cortes de produção já em outubro, apesar das preocupações persistentes em torno das perspectivas de oferta e procura do mercado.

Segundo a Bloomberg, alguns investidores do setor esperavam que a OPEP+ prolongasse os cortes até ao final do ano. A reação ao acordo foi mista, incluindo dúvidas sobre se o grupo será realmente capaz de aumentar a produção.

Os preços do petróleo registram uma tendência de queda desde o início de abril à medida que os riscos geopolíticos diminuíam e a procura também mostrava sinais "mais frios", levando algumas refinarias a reduzirem seu funcionamento.

A Opep e os seus parceiros adotaram no final de 2022 uma estratégia de redução da oferta para tentar sustentar os preços. 

Demanda menor por petróleo

Agência Internacional de Energia (AIE) cortou sua previsão para a alta na demanda global por petróleo este ano, à medida que a atividade industrial moderada e as temperaturas amenas do inverno reduziram o consumo de diesel em algumas das maiores economias do mundo, em especial na Europa.

A revisão foi motivada por avanço menor do que o esperado no primeiro trimestre, com a demanda por petróleo em países integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sofrendo contração de 70 mil bpd em termos anuais. O consumo de diesel na Europa teve queda de 140 mil bpd no trimestre.

Para 2025, por outro lado, a AIE elevou sua projeção para o avanço na demanda, de 1,1 milhão de bpd para 1,2 milhão de bpd, o que traria o total no ano a 104,3 milhões de bpd.

Ainda no relatório, a AIE cortou sua previsão para a alta na oferta de petróleo fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) este ano, de 1,6 milhão de bpd para 1,4 milhão de bpd, mas reafirmou sua expectativa para 2025, em 1,4 milhão de bpd.

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