Operador da Petrobras testa amostra de petróleo extraído da Bacia de Campos, no Rio: às 12h01, as ações PN da estatal eram negociadas a R$ 18,32, alta de 1,05% (Rich Press/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2013 às 12h56.
Rio - Os analistas do Goldman Sachs consideram positiva a venda pela Petrobras de 100% de suas ações em sua filiada na Colômbia, a Petrobras Colombia Limited (PEC), para a petrolífera Perenco por US$ 380 milhões, anunciada na sexta-feira. Para os analistas da casa Felipe Mattar, Sergio Conti, Bruno Pascon e Thiago Auzier, essa operação reforça a visão positiva de continuidade da disciplina de capital adotada pela estatal. "Até a data, a Petrobras já cumpriu em torno de 39% de sua meta de desinvestimento para 2013", afirmaram os profissionais, em relatório.
Considerando todas as operações já anunciadas este ano, como a alienação da participação de 49% na Brasil PCH para a Cemig e a joint-venture com o BTG para os ativos de E&P na África, a Petrobras já contabiliza R$ 8,938 bilhões (US$ 3,826 bilhões) com as vendas de ativos. Às 12h01, as ações PN da estatal eram negociadas a R$ 18,32, alta de 1,05%.
Pelos termos da operação na Colômbia, a Petrobras vendeu 11 blocos de exploração e produção em terra com produção de 6,53 mil barris de óleo equivalente por dia. Além disso, também se desfez dos oleodutos de Colombia e Alto Magdalena, com capacidade de transporte de 14,950 mil barris por dia e 9,180 mil b/d, respectivamente. "Se aprovada pelos reguladores, os recursos dessa transação devem também contribuir para o pagamento do bônus da participação da Petrobras no leilão do campo de Libra (marcado para 21 de outubro deste ano)", argumentaram.
A venda dos ativos também reforça a estratégia da companhia para melhorar a sua eficiência operacional, na visão dos analistas. Nesse sentido, os profissionais citaram uma série de ações adotadas pela estatal nos últimos meses em direção à gestão mais eficiente do capital, como:
A renegociação dos contratos com os fornecedores, entre eles o cancelamento do afretamento das sondas com a Ocean Ring; a postergação dos investimentos das refinarias Premium I, Premium II e Comperj II até que esses projetos se mostrem viáveis economicamente e a venda de ativos de exploração e produção não vistos como estratégicos (como a venda do prospecto Atlanta para a OGX por US$ 270 milhões em janeiro deste ano).