Mercados

Petrobras sobe e evita queda maior da Bovespa

Ibovespa recuou 0,24%, para 70.568 pontos. Ação preferencial da Petrobras subiu 1,32%, a R$ 26,19

Petrobras sobe em meio ao anúncio de uma descoberta de petróleo em águas profundas no Nordeste (Felipe Dana/EXAME)

Petrobras sobe em meio ao anúncio de uma descoberta de petróleo em águas profundas no Nordeste (Felipe Dana/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2010 às 18h32.

São Paulo - O principal índice de ações brasileiras fechou em queda nesta quarta-feira, seguindo o ajuste das bolsas norte-americanas antes da reunião de política monetária do Federal Reserve, na próxima semana.

A continuidade da alta das ações da Petrobras, entretanto, limitou a queda do Ibovespa e ajudou a mantê-lo acima de 70 mil pontos.

O índice recuou 0,24 por cento, para 70.568 pontos. O giro do pregão foi de 7,14 bilhões de reais.

Em Nova York, os índices Dow Jones e Standard & Poor's 500 recuaram 0,4 e 0,3 por cento. O mercado ainda tem o consenso de que o banco central norte-americano oferecerá estímulos à economia dos Estados Unidos na reunião da próxima semana, mas diverge a respeito do tamanho do pacote a ser anunciado.

No Brasil, a ação preferencial da Petrobras subiu 1,32 por cento, a 26,19 reais, e deu continuidade ao movimento de recuperação técnica, iniciado na véspera, em meio ao anúncio de uma descoberta de petróleo em águas profundas no Nordeste.

Rumores de mercado de que a Petrobras poderia anunciar na semana que vem a descoberta de um campo de grandes proporções na bacia de Santos também teriam influenciado a ação da empresa, segundo operadores. A assessoria de imprensa da Petrobras afirmou desconhecer o assunto e disse "que qualquer descoberta feita será anunciada ao mercado, como sempre".

O gerente executivo de exploração da Petrobras, Mario Carminatti, também descartou que haja algum anúncio a ser feito na semana que vem sobre o pré-sal da bacia de Santos. "Desconheço completamente... qualquer informação sobre isso (perfuração no bloco BM-S-45) só teremos notícia em um mês."

Bradesco

O destaque negativo do pregão ficou para as ações do Bradesco, com queda de 4,47 por cento, a 35,25 reais. O papel devolveu parte dos ganhos acumulados nas últimas semanas, antes da confirmação, na manhã desta quarta-feira, de um lucro expressivo no terceiro trimestre.

"Houve uma alta expressiva do papel, na expectativa do balanço. Ele saiu e agora estão diminuindo a posição", disse um operador de um banco local, que preferiu não ser identificado.

A queda, porém, não reflete a visão otimista de analistas sobre o Bradesco após o crescimento de 39,5 por cento do lucro líquido na comparação anual, para 2,527 bilhões de reais.

A corretora Planner, por exemplo, afirmou que o preço justo para o papel do banco é de 41,25 reais, com avaliação positiva.

O Barclays também elogiou os resultados do Bradesco. Os analistas da casa, porém, fizeram algumas ressalvas. "Esperávamos um crescimento maior dos empréstimos, ainda mais após os dados de crédito do Banco Central ontem (terça-feira)", escreveram Roberto Attuch e Fabio Zagatti, em relatório. "E seguimos preocupados com a evolução dos custos."

A ação preferencial da mineradora Vale, que anuncia o balanço do terceiro trimestre nesta noite, caiu 0,98 por cento, para 48,72 reais, com o segundo maior volume da bolsa.

Acompanhe tudo sobre:B3Bancosbolsas-de-valoresBradescoCapitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoPetrobrasPetróleoservicos-financeiros

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney