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Petrobras quer definir composição do Comperj até junho

Estatal deve assumir o controle de 100% da refinaria e dividir o controle acionário da petroquímica básica

Plataforma da Petrobras na Bacia de Santos (Mário Rofrigues/VEJA São Paulo)

Plataforma da Petrobras na Bacia de Santos (Mário Rofrigues/VEJA São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2011 às 19h41.

Rio - O diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse hoje que a companhia quer concluir até o fim do primeiro semestre deste ano as discussões para a composição da participação acionária do capital do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Segundo ele, a estatal vai assumir o controle de 100% da refinaria e dividir o controle acionário da petroquímica básica. Já as demais unidades, "vamos discutir com a Braskem o que é ou não interessante para ela e avaliar internamente o que a Petrobras pretende construir sozinha ou buscar novas parcerias", afirmou.

Costa disse que pelo menos 60% das licitações que deveriam ser feitas para a compra de equipamentos para o Comperj já estão concluídas e o restante deverá ser contratado até o final do ano. Sem querer dar valores totais do montante já contratado, o diretor afirmou que houve uma redução substancial dos valores apresentados em proposta, com negociações feitas diretamente entre a empresa e fornecedores. O Comperj está previsto para entrar em operação em 2014, com capacidade de processar 165 mil barris por dia.

PDVSA

De acordo com o diretor, a Petrobras ainda aguarda definição sobre a participação da venezuelana PDVSA no capital acionário da Refinaria Abreu e Lima, a ser instalada em Pernambuco. Segundo ele, nem a PDVSA, nem o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se posicionaram oficialmente sobre as perspectivas de a petroleira venezuelana ter conseguido garantias junto a instituições financeiras, o que lhe permitiria tomar a parte que lhe cabe no empréstimo tomado pela Petrobras junto ao banco.

Segundo fontes, a companhia venezuelana teria substituído a garantia física exigida para a concessão do empréstimo por três cartas de garantia concedida por bancos nacionais. "Desconheço, porque não fomos informados oficialmente sobre o andamento das negociações", disse Costa em entrevista após participar da assinatura de convênio de cooperação com a Prefeitura de São Gonçalo (RJ) e com o governo fluminense para a instalação da infraestrutura necessária para a instalação de um porto que vai servir para transportar os equipamentos durante a construção do Comperj.

Durante o evento, que contou com a participação do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, também foi assinado protocolo de intenções para o desenvolvimento do Projeto Porto da Barra, que vai aproveitar as instalações da Petrobras durante a construção da refinaria para transformar o local em utilidade pública, para transporte de carga e de passageiros.

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