Logo da Petrobras invertido: estatal procura pelo menos 3 bilhões de reais com a transação, disse fonte que pediu anonimato (REUTERS/Paulo Whitaker)
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2015 às 11h37.
São Paulo - A Petrobras está preparando uma oferta de títulos da dívida no mercado doméstico do Brasil que poderia ser finalizada já na próxima semana, disseram duas fontes com conhecimento direto da situação nesta terça-feira.
A Petrobras procura pelo menos 3 bilhões de reais com a transação, disse a primeira fonte, que pediu anonimato já que o plano está em elaboração.
Se o lote suplementar for colocado, a oferta poderia atingir até 4 bilhões de reais, disse a mesma fonte.
A precificação está prevista para ocorrer na próxima semana, disse a primeira fonte.
Uma primeira parte da emissão, com vencimento em cinco anos, poderia pagar cerca de 1,8 ponto percentual acima da taxa interbancária de referência (CDI), disseram ambas as fontes.
A segunda parte poderia oferecer aos investidores debêntures de infraestrutura com vencimento em sete anos, disseram ambas as fontes.
Elas acrescentaram que a Petrobras poderia pagar cerca de 0,8 ponto percentual acima da taxa de rendimento das dívidas baseadas na inflação oficial com vencimento comparável.
Uma terceira parte da emissão provavelmente teria um prazo de vencimento entre nove e dez anos, rendendo 1,7 ponto acima de títulos do governo baseados no índice de inflação oficial, disseram as fontes.
Banco Bradesco, Banco do Brasil, o Grupo BTG Pactual e Banco Votorantim vão coordenar a operação, disseram as fontes.
A Petrobras, o Bradesco e o Banco do Brasil não quiseram comentar o assunto. As outras instituições não tiveram comentário imediato sobre o tema.
O lançamento ocorre após um empréstimo de 3,5 bilhões de dólares junto ao China Development Bank Corp, que ressalta como a Petrobras busca aumentar opções de financiamento após um escândalo de corrupção cortar o acesso da empresa a captações durante meses.
A Petrobras precisa de dinheiro para fazer frente a investimentos já contratados este ano e refinanciar alguns dos 170 bilhões de dólares em dívidas com bancos, fornecedores e investidores.