Petroleiras lideram as quedas do Ibovespa desta quarta-feira (Germano Lüders/Exame)
Repórter de Invest
Publicado em 22 de novembro de 2023 às 13h37.
Última atualização em 22 de novembro de 2023 às 19h11.
A sessão desta quarta-feira, 22, é de perdas para os ativos atrelados ao petróleo. No Ibovespa, Prio (PRIO3) e Petrobras (PETR3;PETR4) lideraram as quedas na maior parte do dia — embora a estatal tenha recuperado o fôlego no fechamento —, enquanto a matéria-prima cede por volta de 4% no mercado internacional.
No fechamento, os papéis das petrolíferas tiveram os seguintes desempenhos:
O tombo do petróleo nesta quarta acontece porque a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) confirmou que a reunião do Comitê Conjunto de Acompanhamento Ministerial foi adiada para 30 de novembro. O fato que alimentou as apostas de investidores de que as restrições na produção da matéria-prima podem não acontecer — sobretudo se os cortes da Arábia-Saudita e Rússia de fato vão se concretizar.
Diante disso, o petróleo Brent, referência global da commodity, e o WTI, referência para o mercado americano, caíram 0,59% e 0,86%, respectivamente.
Outro fator que tem influenciado nos papéis da Petrobras é o seu novo plano estratégico. Durante a participação em evento no Rio de Janeiro, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, afirmou que o PE 2024-2028 será divulgado na próxima sexta-feira, 24. Vale destacar que o novo plano tem sido alvo de críticas e chegou a ter tentativas de adiamento.
Fontes ouvidas pelo Exame IN afirmam que o conselho de administração enfrenta um impasse: entender a estratégia da companhia na transição energética – tema que é uma das bandeiras do governo federal e do CEO Jean Paul Prates.
Em relatório, os analistas do BTG Pactual (mesmo grupo controlador da EXAME) dizem ainda estar otimistas com o novo plano, que tem como fator determinante a alocação de capital e o potencial de crescimento da produção. “Acreditamos que o novo plano de investimento não impedirá a capacidade da empresa de distribuir dividendos substanciais no futuro, reforçando a sua convincente história de carrego”, dizem os analistas.