Sede da Petrobras: estatal pode escolher hoje 5º presidente sob a gestão Bolsonaro (Luiz Souza/NurPhoto/Getty Images)
Beatriz Quesada
Publicado em 24 de junho de 2022 às 07h06.
Última atualização em 24 de junho de 2022 às 09h10.
As principais bolsas globais caminham para encerrar a semana com ganhos e sobem nesta sexta-feira, 24, com investidores avaliando a possibilidade de recessão nos Estados Unidos e no mundo. A alta é uma correção depois que as bolsas desabaram nos pregões anteriores. Nos Estados Unidos, os principais índices caminham para avançar mais de 3% esta semana, após acumularem três sequências semanais negativas.
Desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília):
Na semana passada, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), fez um movimento mais duro para conter a inflação e elevou os juros em 0,75 ponto percentual (p.p.). Desde então aumentaram as preocupações de que a atuação do Fed contra o aumento de preços prejudique os EUA e arraste o mundo para uma recessão global.
Por isso, nesta sexta, o foco fica com a divulgação de dados econômicos nos EUA, que podem indicar se a principal economia do mundo está entrando ou não em recessão. Às 11h, serão divulgados os dados de vendas de novas casas e o relatório final de opinião do consumidor da Universidade de Michigan para junho.
Por aqui, o investidor também fica atento à divulgação de dados econômicos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga às 9h a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15). O indicador deve apontar uma alta de 0,68% em junho na comparação mensal, segundo mediana levantada pela Bloomberg. O valor representa um avanço de 0,59% frente ao dado anterior. Na comparação anual, a expectativa é que a inflação tenha avançado 12,02%.
Será a primeira divulgação de um dado inflacionário após a última alta de juros no Brasil. Na semana anterior, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic em 0,5 p.p., para 13,25% ao ano – a maior taxa desde 2016.
O comitê de elegibilidade (Celeg) da Petrobras (PETR3/PETR4), responsável por analisar os indicados para exercer cargos na estatal, se reúne nesta tarde para avaliar o nome de Caio Mário Paes de Andrade à presidência.
Indicado do governo para o posto, Paes de Andrade é secretário de desburocratização do Ministério da Economia e nome de confiança do ministro Paulo Guedes. Após passar pela Celeg, a indicação segue para avaliação do Conselho da estatal, que pode votar pela aprovação do secretário como membro do colegiado e presidente da empresa. Se Paes de Andrade for aprovado nos ritos, será o quinto CEO da Petrobras a assumir o cargo na gestão Bolsonaro.
A escolha do novo presidente ocorre após a renúncia de José Mauro Coelho. O executivo foi pressionado a deixar o cargo após nova alta no preço dos combustíveis.
A Espaçolaser (ESPA3) anunciou na noite de ontem a troca no comando da empresa, com Paulo Camargo, ex-chefe do McDonald's no Brasil, assumindo como novo presidente-executivo. Paulo Morais, um dos fundadores da companhia e atual CEO, renunciou ao cargo mas deve seguir no Conselho de Administração. Camargo deve assumir o comando da Espaçolaser em até 45 dias.