Sede da Petrobras (PETR3) (Sergio Moraes/Reuters)
Beatriz Quesada
Publicado em 28 de julho de 2022 às 15h44.
Última atualização em 29 de julho de 2022 às 15h57.
A Petrobras (PETR3/PETR4) acaba de confirmar, em fato relevante, que o conselho de administração aprovou o pagamento de R$ 87,8 bilhões em dividendos. Serão pagos R$ 6,732 por ação preferencial e ordinária.
Do montante, R$ 25 bilhões serão pagos diretamente ao governo, uma vez que a União é a maior acionista da estatal. Outros R$ 7 bilhões serão pagos ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), totalizando R$ 32 bilhões em remuneração ao governo.
O número veio bem acima da expectativa do mercado, que esperava um pagamento em torno de R$ 70 bilhões. A companhia já pagou R$ 48,5 bilhões em dividendos no primeiro trimestre, o que deve totalizar um pagamento de R$ 136,3 bilhões no acumulado dos primeiros seis meses do ano.
Segundo a empresa, o valor recorde está alinhado à Política de Remuneração aos Acionistas, que prevê que, em caso de endividamento bruto inferior a US$ 65 bilhões, a companhia poderá distribuir aos seus acionistas 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e as aquisições de ativos imobilizados e intangíveis (investimentos).
"Além disso, a política também prevê a possibilidade de pagamento de dividendos extraordinários, desde que sua sustentabilidade financeira seja preservada", informa o documento.
A estatal afirma ainda que a aprovação do dividendo proposto é compatível com a sustentabilidade financeira da companhia “no curto, médio e longo prazo”.
“[A distribuição] está alinhada ao compromisso de geração de valor para a sociedade e para os acionistas, assim como às melhores práticas da indústria mundial de petróleo e gás natural", diz o documento.
O pagamento será dividido em duas partes iguais nos meses de agosto e setembro. A primeira parcela, de R$ 3,366, será paga em 31 de agosto de 2022. A segunda, também de R$ 3,366, será paga um mês depois, em 20 de setembro de 2022.
A data de corte será 11 de agosto de 2022 e os papéis passam a ser negociados como ex-dividendos a partir de 12 de agosto de 2022.
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