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Petrobras (PETR3) aumenta produção no primeiro tri e anima analistas pré-balanço

Com menos paradas para manutenção e novas plataformas começando a ganhar mais tração, analistas já acreditam que a companhia possa ter atingido o guidance de produção do ano em março

Petrobras: Produção avançou 5,5% no primeiro trimestre (Agência Petrobras/Divulgação)

Petrobras: Produção avançou 5,5% no primeiro trimestre (Agência Petrobras/Divulgação)

Natalia Viri
Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Publicado em 30 de abril de 2025 às 10h18.

Última atualização em 30 de abril de 2025 às 10h19.

A Petrobras (PETR3; PETR4) divulgou bons resultados operacionais o primeiro trimestre de 2025, sinalizando uma retomada no ritmo de produção e reforçando a expectativa de um ano mais positivo, apontam analistas.

A produção total atingiu 2,77 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boepd), alta de 5,5% na comparação com o quarto trimestre de 2024, chegando a 2,2 milhões de barris equivalentes por dia (boepd).

Em relatório, os analistas do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME) destacam que o desempenho do trimestre mostra que a Petrobras superou os soluços na produção que impactaram o segundo semestre de 2024.

Nesse cenário, o banco vê margem para a produção superar o topo do guidance da companhia, atualmente em 2,3 milhões de barris por dia, já que os dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) de março indicam que esse patamar pode ter sido alcançado.

"Vemos os dados como encorajadores porque muito da performance abaixo do esperado recente ocorreu por conta de paradas para manutenção, que devem se reduzir à frente. E também porque os dados mostram uma evolução importante em plataformas que devem continuar crescendo no curto prazo", escreveu a equipe liderada por Luiz Carvalho.

A prévia mostrou ganhos expressivos no pré-sal, que cresceu 5,3% no trimestre, alcançando 1,85 milhão de boepd.

Essa expansão foi puxada pela entrada em operação do FPSO Almirante Tamandaré, pela aceleração da plataforma Marechal Duque de Caxias e pelo início de sete novos poços, sendo cinco na Bacia de Santos e dois na de Campos.

A produção no pós-sal também surpreendeu positivamente, com aumento de 11% no trimestre, beneficiada por menos paradas para manutenção e a entrada de novos poços na Bacia de Campos.

No refino, a taxa de utilização das refinarias recuou para 89%, frente aos 93% do trimestre anterior, o que levou ao aumento das importações de diesel, que dobraram para 66 mil barris por dia. O BTG considera esse movimento dentro do padrão recente e afirma que não há sinal de preocupação imediata.

O que esperar do balanço da Petrobras (PETR3; PETR4)?

O foco do mercado agora se volta para o balanço completo, que será divulgado em 12 de maio. (Confira aqui o calendário de balanços da temporada.)

Além da melhora operacional, a atenção se mantém sobre os investimentos da companhia. Após a reação negativa aos números do quarto trimestre, que mostraram forte alta no capex, investidores querem ver se haverá espaço para moderação nos desembolsos — o que poderia preservar o espaço para dividendos elevados.

O BTG, que mantém Petrobras como principal recomendação no setor de petróleo e gás, acredita que há margem para redução dos investimentos ao longo de 2025.

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