Mercados

Petrobras e Vale pesam, e Ibovespa fecha quase estável

O Ibovespa subiu 0,06 por cento, a 59.119 pontos;o giro do pregão foi de 5,4 bilhões de reais, abaixo da média de 6,4 bilhões de reais neste ano

A queda das ações de Petrobras e Vale, que têm um peso importante no Ibovespa, também atrapalhou uma alta mais consistente do índice (Marcel Salim/EXAME.com)

A queda das ações de Petrobras e Vale, que têm um peso importante no Ibovespa, também atrapalhou uma alta mais consistente do índice (Marcel Salim/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2011 às 18h03.

São Paulo - O principal índice das ações brasileiras ficou praticamente estável nesta quarta-feira, acompanhando o comportamento dos mercados internacionais em meio à expectativa por soluções para os problemas de dívida da Europa e dos Estados Unidos.

A queda das ações de Petrobras e Vale, que têm um peso importante no Ibovespa, também atrapalhou uma alta mais consistente do índice em um dia de recuperação de ações do setor imobiliário e de consumo.

O Ibovespa subiu 0,06 por cento, a 59.119 pontos. O giro do pregão foi de 5,4 bilhões de reais, abaixo da média de 6,4 bilhões de reais neste ano.

"O mercado está sem fluxo, sem força. Está em compasso de espera com Europa e Estados Unidos", disse Rodrigo Falcão, operador da corretora Icap.

Os índices Dow Jones e Standard & Poor's 500 da Bolsa de Nova York, que na véspera tiveram a maior alta desde março, tiveram baixa de cerca de 0,1 por cento.

O mercado aguarda para quinta-feira a reunião dos principais líderes europeus sobre um segundo pacote de ajuda à Grécia. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, alertou que a falta de uma solução para a dívida grega pode custar muito caro para a economia.

Os investidores também esperam pela confirmação de um acordo sobre a dívida dos Estados Unidos. O presidente norte-americano, Barack Obama, poderá aceitar um acordo de curto prazo para aumentar o teto da dívida e evitar um calote, mas desde que isso ocorra para permitir o trâmite legislativo de um acordo mais amplo.

As ações preferenciais da Vale tiveram o maior volume do índice e caíram 0,52 por cento, a 45,91 reais.

O papel PN de Petrobras teve queda mais intensa, 1,19 por cento, a 22,38 reais, com a incerteza sobre a aprovação do plano de investimentos da estatal.

Os papéis da petrolífera OGX, por outro lado, subiram 3,01 por cento, a 14,01 reais, após o Bank of America Merrill Lynch elevar a recomendação da empresa de "neutro" para "compra", com preço-alvo de 17,50 reais.

No setor imobiliário, Gafisa teve alta de 4,87 por cento, a 7,10 reais. As empresas do setor, que caíram bastante nas últimas semanas com a perspectiva de um aumento maior dos juros, se recuperavam após dados melhores que o esperado sobre os lançamentos de imóveis.

Na quinta-feira, o mercado repercute a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). A expectativa é de um aumento de 0,25 ponto percentual, mas o mercado aguarda o comunicado que acompanha a decisão para avaliar os próximos passos do BC.

"Se ele tirar a parte de que vão manter por um tempo suficientemente prolongado a alta dos juros, talvez haja uma melhora (alta das ações)", disse Falcão, da Icap.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasIbovespaMercado financeiroservicos-financeiros

Mais de Mercados

Apple se aproxima de marca histórica de US$ 4 trilhões em valor de mercado

Onde investir em 2025: Wall Street aponta os 4 setores mais lucrativos

Luigi Mangione se declara inocente de acusações de assassinato no caso da morte de CEO nos EUA

Os destaques do mercado em 2024: criptomoedas, Inteligência Artificial e surpresas globais