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Da Redação
Publicado em 19 de outubro de 2010 às 10h03.
São Paulo - Está cada vez mais claro que a Petrobras não traz boas notícias quando o assunto é curto prazo. A conclusão é do banco Safra em relatório desta terça-feira (19), no qual rebaixou o preço-alvo da ação preferencial (PETR4) de 41 reais para 34 reais (de US$47 a US$40) para 2011. Definindo o atual estágio da empresa como “fraco momentum”, o banco recomenda a OGX como melhor opção no segmento de óleo e gás.</p>
A mudança do preço-alvo traz um potencial de valorização de 31% e sustenta a recomendação de outperform (acima da média do mercado). Mas o analista Rogério Zarpao atribui diretamente o pessimismo no novo preço dos papéis aos efeitos da capitalização recente. O principal é a diluição dos acionistas após a oferta. “A revisão reflete principalmente o aumento de 47% das ações sem os respectivos benefícios em receitas”, justifica.
Para o banco, a estatal oferece um crescimento de produção atrativo em comparação com seus pares globais, acima da maioria de suas concorrentes no setor. A capacidade de exploração crescente também é um sinal positivo, aponta o relatório. No entanto, a estimativa do múltiplos preço-lucro em 2011, 33% acima dos seus pares, deve gerar algum desconforto. “Um intervalo de 15% a 20% seria mais confortável. A divergência pode impedir uma recuperação mais acentuada no curto prazo, apesar de sua performance negativa no ano (-34%), versus seus pares e o Ibovespa”.
Entre os pontos fortes para o papel, a demanda crescente de energia, o acesso privilegiado a recursos de financiamento, o interesse crescente por biocombustíveis e o pré-sal são apontados como oportunidades de valorização das ações da companhia.