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Petrobras e China animam e Ibovespa avança, anulando perdas

Índice subiu 1,6%, a 54.307 pontos, revertendo a queda de novembro para variação mensal positiva de 0,1%


	Trader trabalha na Bolsa de Valores de São Paulo: giro financeiro do pregão foi de 10,5 bilhões de reais, inflado pelo exercício de opções sobre ações
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Trader trabalha na Bolsa de Valores de São Paulo: giro financeiro do pregão foi de 10,5 bilhões de reais, inflado pelo exercício de opções sobre ações (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2013 às 16h54.

São Paulo - O principal índice da Bovespa avançou mais de 1 por cento nesta segunda-feira, anulando as perdas acumuladas no mês, impulsionado pelo entusiasmado do mercado com o conjunto de reformas detalhado pela China e pela ação da Petrobras, que subiu com força em meio à expectativa de aumento dos preços dos combustíveis.

O Ibovespa subiu 1,6 por cento, a 54.307 pontos, revertendo a queda de novembro para variação mensal positiva de 0,1 por cento.

O giro financeiro do pregão foi de 10,5 bilhões de reais, inflado pelo exercício de opções sobre ações, que movimentou 3,6 bilhões de reais nesta segunda.

O anúncio da China, na sexta-feira, de um conjunto de reformas econômicas e sociais ajudou a dissipar dúvidas sobre o entusiasmo dos dirigentes chineses pelas mudanças necessárias para revigorar a economia do importante parceiro comercial brasileiro.

O plano inclui a liberalização do regime de câmbio e juros, registro de moradias, reforma agrária e a abertura para a iniciativa privada e estrangeira de alguns setores protegidos.

"Essa maior receptividade ao investidor, aliada a uma tendência de 'descentralização', indicam e fortalecem apostas de um cenário otimista para a economia daquele país", afirmou a corretora H.Commcor em boletim matinal.

Além disso, um movimento de ajuste em relação a outros mercados também ajudou a Bovespa, depois de a bolsa brasileira ter ficado fechada na sexta-feira devido ao feriado da Proclamação da República.

Os índices norte-americanos atingiram novas máximas na sexta-feira, quando a divulgação de que a produção industrial dos Estados Unidos recuou inesperadamente em outubro elevou esperanças de que o banco central do país não reduza seus estímulos monetários ainda neste ano.

"Isso levou o setor de commodities a subir um pouco mais, e agora (as ações preferenciais de) Petrobras e Vale estão puxando mais a bolsa", afirmou o analista de renda variável João Pedro Brugger, da Leme Investimentos.

Nesta tarde, o presidente do Federal Reserve de Nova York, William Dudley, afirmou que autoridades do banco central norte-americano ainda não viram impulso no crescimento econômico suficiente para convencer-se de que há perspectiva de melhora sustentável no mercado de trabalho.

No lado corporativo, a preferencial da Petrobras fechou em forte alta, de 4,84 por cento, e foi a maior pressão positiva sobre o Ibovespa.

Segundo o sócio da Órama Investimentos Álvaro Bandeira, os papéis repercutiram expectativas em relação à reunião do conselho da estatal na próxima sexta-feira, quando será discutida a metodologia de reajuste de preços dos combustíveis.

De acordo com a coluna online Radar, da revista Veja, o governo deve anunciar na sexta-feira aumento de cerca de 5 por cento no preço da gasolina a partir de dezembro.

Empresas dos setores de construção e siderurgia, assim como a B2W, também subiram. A varejista online fechou em forte alta nesta segunda-feira, depois de ter subido 12,21 por cento do último pregão, por conta da redução de seu prejuízo trimestral e melhora nas margens operacionais.

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