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Petrobras diz que está desenvolvendo análises sobre estratégia e que não há decisão sobre a Braskem

Estatal afirma que a atuação no setor petroquímico é um dos elementos estratégicos de seu plano de 2024 a 2028

Braskem é alvo de disputa entre Unipar e Apollo/Adnoc (Germano Luders/Exame)

Braskem é alvo de disputa entre Unipar e Apollo/Adnoc (Germano Luders/Exame)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 14 de junho de 2023 às 09h47.

Última atualização em 14 de junho de 2023 às 12h33.

Em meio às ofertas pelo controle da petroquímica Braskem (BRKM5), a estratégia da nova direção da Petrobras (PETR3/ PETR4) ficou ainda mais sob os holofotes. Dona de 36% do capital social da fabricante de PVC, a Petrobras informou que está desenvolvendo análises para definição da melhor alternativa de execução do seu plano estratégico 2024-2028.

"No presente momento, a Petrobras está desenvolvendo análises para definição da melhor alternativa de execução de sua estratégia, não havendo qualquer decisão da Diretoria Executiva ou do Conselho de Administração em relação ao processo de desinvestimento ou de aumento de participação na Braskem", diz o texto de resposta da estatal à Braskem.

No domingo ficou pública a oferta da Unipar para aquisição da fatia da Novonor (ex-Odebrecht) na Braskem. Por cerca de R$ 10 bilhões -- valor que ainda pode variar por haircut dos bancos credores da Novonor -- a Unipar levaria 34,3% do capital social Braskem e a Novonor ainda manteria 4%.

Na terça-feira, o Broadcast, serviço de tempo real da Agência Estado, publicou nota informando que a estatal estaria estudando a possibilidade de exercer eu direito de preferência e fazer uma oferta pelas ações da Novonor. Pessoas ouvidas pela EXAME Invest afirmam, no entanto, que a Unipar tem buscado dialogar com a estatal para algo mais associativo, com as duas empresas no capital social da petroquímica. "Seria um sinal ruim para o mercado e a sociedade se a Petrobras estatizasse uma petroquímica", diz um executivo do setor.

Sem dar maiores detalhes, a Petrobras só afirma que a atuação no setor petroquímico é um dos elementos estratégicos de seu plano de 2024 a 2028 e diz que decisões sobre investimentos e desinvestimentos são pautadas em análises criteriosas e estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis.

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