São Paulo - A Bovespa voltou a subir nesta quarta-feira, puxada pela disparada das ações da Petrobras , com investidores mostrando otimismo com a possibilidade de que o governo decida por novo aumento de preços de combustíveis ainda neste ano.

Às 14h12, o Ibovespa subia 1,72 por cento, a 58.718 pontos. Na máxima até o momento, o índice chegou a subir 2,14 por cento. O giro financeiro da sessão era de 3,7 bilhões de reais.

"O grande driver hoje é Petrobras", disse João Simões, gestor da Duna Asset Management. A ação preferencial da estatal subia 4,4 por cento, a 21,13 reais, e a ordinária avançava 5,4 por cento, a 22,14 reais.

Nesta quarta-feira, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que há possibilidade de aumento no preço da gasolina neste ano, mas acrescentou que a decisão ainda não foi tomada.

O aumento é necessário para diminuir a defasagem de preços domésticos com os praticados no mercado internacional, um dos fatores que levaram a Petrobras a registrar, entre abril e junho, seu primeiro prejuízo trimestral em 13 anos.

Ainda entre as blue chips, OGX tinha alta de 2,14 por cento, a 6,21 reais, enquanto a preferencial da Vale subia 1,16 por cento, a 37,34 reais.

Dentre as maiores altas do índice, destacavam-se Rossi Residencial e a preferencial da Usiminas, com alta de 6,25 por cento e 5,5 por cento, respectivamente. Em sentido oposto, Fibria e Souza Cruz estavam entre as principais baixas, caindo ambas 4,0 por cento.

Depois de se prepararem para o pior, com posições mais defensivas, investidores começavam a mostrar mais confiança no mercado e adicionar risco a seus portfólios, segundo Simões.

"Estamos vendo algumas pessoas saindo de ações defensivas." No exterior, os mercados zeraram as perdas e passaram para o campo positivo, prevalecendo o otimismo à espera de mais medidas contra a crise da dívida na zona do euro.

Na bolsa de Nova York, o índice Dow Jones subia 0,08 por cento. O principal índice europeu de ações fechou com alta de 0,17 por cento.