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Petrobras dispara e faz Ibovespa subir 2,1%

O Ibovespa teve alta de 2,12 por cento, a 58.950 pontos

Ivan Clarck, sócio líder de Capital Markets da PwC: 800 companhias tem interesse em abrir capital, mas precisam se preparar para isso (Marcel Salim/EXAME.com)

Ivan Clarck, sócio líder de Capital Markets da PwC: 800 companhias tem interesse em abrir capital, mas precisam se preparar para isso (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2012 às 18h12.

São Paulo - A Bovespa subiu forte nesta quarta-feira, impulsionada pelas ações Petrobras, diante da perspectiva de novo reajuste de preços de combustíveis ainda neste ano.

O Ibovespa teve alta de 2,12 por cento, a 58.950 pontos. Foi a quarta alta nos seis pregões de agosto, acumulando valorização de 5,09 por cento no mês. O giro financeiro do pregão foi de 7,16 bilhões de reais.

A expectativa de novo aumento dos preços de combustíveis fez as ações da Petrobras dispararem nesta quarta-feira. A preferencial subiu 4,59 por cento, a 21,18 reais, e a ordinária teve alta de 5,43 por cento, a 22,14 reais.

O estopim para a disparada foi a declaração do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, de que há chance de aumento no preço da gasolina neste ano.

"Tem havido tanta preocupação sobre a interferência do governo (na Petrobras) que, quando o governo faz coisas que são amigáveis para os investidores, isso anima todo o mercado", disse Fredrick Searby, estrategista de renda variável para a América Latina do Deutsche Bank em Nova York.


Embora Petrobras tenha sido o grande motor da alta da sessão, o otimismo com o mercado brasileiro foi generalizado. Dos 67 ativos que compõem o Ibovespa, apenas oito fecharam no vermelho, com destaque para ações consideradas defensivas, como as da fabricante de cigarros Souza Cruz, que caíram 2,93 por cento, a 27,18 reais.

Entre as blue chips, a preferencial da mineradora Vale subiu 0,98 por cento, a 37,27 reais. OGX, empresa de petróleo e gás do bilionário Eike Batista, teve alta de 1,81 por cento, a 6,19 reais.

A construtora Gafisa e a siderúrgica Usiminas foram os destaques de alta do índice, com valorização de 8,24 por cento e 7,1 por cento, respectivamente.

Segundo o estrategista do Deutsche Bank, a defasagem da bolsa brasileira ajudou a atrair recursos para o mercado local. "(Os investidores) estão realizando lucros no México, que tem performado excepcionalmente bem, e comprando ações brasileiras que apanharam muito e estão muito atrasadas." O principal índice da bolsa mexicana acumulava alta de cerca de 10 por cento no ano, enquanto o Ibovespa tinha valorização de 3,87 por cento.

Segundo analistas, o apetite ao risco dos investidores continuava a ser alimentado pela expectativa de novas ações de bancos centrais para combater a crise na zona do euro e incentivar as principais economias mundiais.

"Os mercados compreenderam que a catástrofe não está à porta", disse o diretor da Título Corretora em São Paulo, Márcio Cardoso. "Mas acho difícil que a bolsa rompa os 60 mil pontos com facilidade, essa é uma resistência forte." Segundo Cardoso, os investidores estão um pouco mais otimistas com relação às perspectivas para o segundo semestre, embora ainda persistam os problemas estruturais na zona do euro e os sinais de desaceleração da economia global.

Na bolsa de Nova York, o índice Dow Jones fechou em leve alta de 0,05 por cento. Mais cedo, o principal índice europeu de ações encerrou com avanço de 0,17 por cento. (Com reportagem adicional de Rachel Uranga, na Cidade do México; Edição de Aluísio Alves)

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