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Petrobras ajuda, mas Bolsa perde os 56 mil pontos

vO Ibovespa fechou com queda de 0,62%, aos 55.887,57 pontos

Na mínima, o índice atingiu 55.415 pontos  (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

Na mínima, o índice atingiu 55.415 pontos (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2012 às 17h58.

São Paulo - Depois de atingir a mínima pontuação do dia na etapa vespertina, logo após a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), a Bovespa desacelerou as perdas, mas não conseguiu sustentar o nível dos 56 mil pontos no fechamento. O feito é atribuído, especialmente, às ações da Petrobras, que depois de dias no papel de vilãs, nesta quarta-feira foram as "mocinhas" e ajudaram a Bolsa a não aprofundar as perdas.

O Ibovespa fechou com queda de 0,62%, aos 55.887,57 pontos. Na mínima, o índice atingiu 55.415 pontos (-1,46%) e, na máxima, chegou aos 57.693 pontos (+2,59%). No mês, a Bolsa acumula queda de 9,60% e, no ano, -1,53%. O giro financeiro ficou em R$ 8,814 bilhões.

No documento do Fed, os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) demonstraram uma grande preocupação com a situação fiscal do governo dos EUA e o impacto na economia. Embora tenham indicado que não estão planejando adotar nenhuma nova ação de estímulo no momento, vários membros do comitê "indicaram que uma acomodação adicional da política monetária pode ser necessária se a recuperação econômica perder força ou os riscos de baixa para as projeções se tonarem grandes o bastante".

Mais uma vez, o noticiário vindo da Europa, principalmente sobre Grécia, continuaram pressionando os negócios. Por outro lado, dados positivos dos EUA ajudaram as bolsas em Nova York, mas não o suficiente para os índices norte-americanos encerrarem o dia em campo positivo.


Fausto Gouveia, economista da Legan Asset, acredita que pode haver uma forte defesa dos investidores com a Bolsa em 55 mil pontos, isso se não houver nenhuma grande surpresa na Europa. Gouveia observou, no entanto, que alguns papéis da Bovespa estão num nível interessante para arriscar compra. "Não se via a ação do BB, por exemplo, a R$ 20,44 há muito tempo. É preciso paciência para analisar as oportunidades", disse. O papel do BB, segundo ele, chegou neste nível por intervenção do governo, ao usar a instituição para "obrigar os bancos privados a reduzirem o juro também". Nesta quarta-feira o papel ON do banco fechou com queda de 0,58%, a R$ 20,40.

As ações ON da Petrobras fecharam com ganho de 3,63% e as PN subiram 4,33% - figuram entre os destaques de alta do índice, refletindo o balanço melhor do que o esperado no primeiro trimestre do ano. Na terça-feira a petroleira informou que registrou lucro líquido de R$ 9,214 bilhões, uma queda de 16% ante igual período do ano anterior. O resultado, no entanto, veio acima da média das expectativas de nove instituições financeiras consultadas pela Agência Estado, que apontava para um lucro de R$ 7,685 bilhões no período.

Já os papéis da Vale fecharam no vermelho e recuaram 2,78% o ON e 2,96% o PN. Na London Metal Exchange (LME), a maioria dos contratos futuros de metais básicos negociados fechou em baixa, mais uma vez influenciada por preocupações com a Grécia e seu futuro incerto na zona do euro.

Em Nova York, o índice Dow Jones terminou com recuo de 0,26%, o S&P 500 perdeu 0,44% e o Nasdaq registrou declínio de 0,68%.

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