China: Hang Seng China Enterprises Index já perdeu 11% em 2024 (Bloomberg/Bloomberg)
Agência de notícias
Publicado em 19 de janeiro de 2024 às 10h57.
As bolsas chinesas acabam de encerrar mais uma semana tenebrosa e as ações de empresas chinesas negociadas em Hong Kong lideram as perdas globais neste início de ano.
O declínio se reflete em marcos significativos nos últimos dias: Tóquio ultrapassou Xangai como maior mercado de renda variável da Ásia, enquanto o prêmio das ações da Índia sobre às da China atingiu um recorde. Na China, o colapso causa estrago no setor de gestão de recursos e levou o fechamento de fundos mútuos a uma máxima de cinco anos.
O Hang Seng China Enterprises Index já perdeu 11% em 2024. Após uma sequência recorde de quatro anos de queda, o tombo reforça uma mudança estrutural que leva desde gestores de recursos ativos até fundos passivos a dar as costas ao mercado chinês.
As bolsas chinesas acabam de encerrar mais uma semana tenebrosa e as ações de empresas chinesas negociadas em Hong Kong lideram as perdas globais neste início de ano.
O declínio se reflete em marcos significativos nos últimos dias: Tóquio ultrapassou Xangai como maior mercado de renda variável da Ásia, enquanto o prêmio das ações da Índia sobre às da China atingiu um recorde. Na China, o colapso causa estrago no setor de gestão de recursos e levou o fechamento de fundos mútuos a uma máxima de cinco anos.
O Hang Seng China Enterprises Index já perdeu 11% em 2024. Após uma sequência recorde de quatro anos de queda, o tombo reforça uma mudança estrutural que leva desde gestores de recursos ativos até fundos passivos a dar as costas ao mercado chinês.
Ao todo, cerca de US$ 6,3 trilhões foram eliminados em valor de mercado na China e Hong Kong desde o pico atingido em 2021, o que ressalta o desafio enfrentado pelo governo em Pequim ao tentar frear a perda de confiança dos investidores. As autoridades descartam a utilização de estímulos massivos para reanimar a economia e deixam os operadores sem saber quando a situação irá melhorar.
“O que estamos vendo este ano até agora é realmente uma continuação do que vimos no ano passado”, disse John Lin, diretor de investimentos em renda variável na China da AllianceBernstein, em entrevista à TV Bloomberg. Até agora, as políticas de estímulo “não foram capazes de inverter os fundamentos subjacentes de áreas como o setor imobiliário.”
O índice Hang Seng de empresas chinesas despencou mais de 6% esta semana e caminha para registrar seu pior desempenho para o mês de janeiro em oito anos. O CSI 300, das bolsas de Xangai e Shenzhen, caiu em nove das últimas 10 semanas. Sinais de que fundos estatais provavelmente compraram fundos negociados em bolsa e uma decisão da maior corretora da China de suspender vendas a descoberto para alguns clientes não foram suficientes para frear as perdas.
Além da crise imobiliária, falta de confiança do consumidor e risco de uma espiral deflacionária na China, as recentes incertezas sobre a trajetória de juros nos EUA e a ameaça de vendas automáticas de posições estruturadas em ações chinesas aumentaram as preocupações dos investidores.
Gestores de fundos asiáticos reduziram sua alocação em China em 12 pontos percentuais, para uma subponderação líquida de 20%, a mais baixa em mais de um ano, de acordo com a última sondagem do Bank of America.
Fundos que acompanham índices venderam US$ 300 milhões líquidos em ações negociadas na China continental e em Hong Kong este mês, segundo o Morgan Stanley. Isto representa uma reversão em relação ao último semestre de 2023, quando compraram US$ 700 milhões líquidos, mesmo com a queda dos índices.
“A China é um jogo de espera e continuamos esperando”, disse Mark Matthews, chefe de pesquisa na Ásia do Bank Julius Baer & Co., que atualmente evita ações chinesas.