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Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2011 às 14h05.
São Paulo - A PDG Realty SA e a MRV Engenharia e Participações SA lideravam as quedas entre as construtoras diante de receios de desaceleração do crescimento do país, que pode prejudicar o desempenho do setor.
A PDG recuava 5,2 por cento para R$ 7,59 às 14:44, enquanto a MRV caia 5,1 por cento para R$ 12,23, os piores desempenhos do Ibovespa. O índice da bolsa recuava 1,8 por cento.
Os economistas que cobrem a economia brasileira reduziram suas estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto em 2012 pela terceira semana consecutiva, de 3,51 por cento para 3,5 por cento, segundo a pesquisa Focus do Banco Central de 28 de outubro publicada hoje.
“As empresas desse setor são relativamente novas, ainda não tem uma geração de caixa muito estável, por isso elas acabam sendo vistas como apresentando um risco um pouco maior do que a média do mercado”, disse Armando Halfeld, analista da corretora Ativa SA, em entrevista por telefone do Rio de Janeiro. “É por isso que essas ações tendem a cair mais forte quando surge alguma preocupação sobre a economia brasileira.”
A MRV passou a ser negociada na BMF&FBovespa em 2007, quando pelo menos 16 companhias do setor imobiliário abriram seu capital, segundo dados compilados pela Bloomberg.
A BR Malls Participações SA, maior controladora de shopping centers do País, se movia na contramão do setor com alta de 1,5 por cento. A companhia registrou vendas de R$ 219,3 milhões no terceiro trimestre, crescimento de 67 por cento na comparação anual. O lucro líquido caiu 90 por cento para R$ 9,33 milhões no trimestre, diante da valorização do dólar que provocou perdas financeiras, segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários em 28 de outubro.
“Continuamos com a visão que a BR Malls é uma das companhias mais bem administradas em nossa cobertura, está bem posicionada para se beneficiar do cenário positivo da indústria de shopping centers do Brasil”, disse David Lawant, analista da Itaú Corretora de Valores SA, em nota datada de ontem, em que reiterou a recomendação de “outperform” para o papel.