Mercados

Patrimônio dos 5 fundos que mais ganharam cotistas cresceu R$ 6,2 bi

Multimercados Vinci Valorem foi o que mais atraiu clientes no ano; Alaska Black acumulou R$ 1,2 bilhão. Veja a lista

Entre os 20 fundos que mais aumentaram sua base no ano, 12 são de renda fixa e 10 são multimercados. (maxsattana/Thinkstock)

Entre os 20 fundos que mais aumentaram sua base no ano, 12 são de renda fixa e 10 são multimercados. (maxsattana/Thinkstock)

TL

Tais Laporta

Publicado em 8 de outubro de 2019 às 07h40.

Última atualização em 8 de outubro de 2019 às 07h40.

Os cinco fundos de investimentos que mais atraíram novos cotistas este ano elevaram seu patrimônio líquido em R$ 6,2 bilhões, mostram dados de um levantamento feito pela provedora de informações financeiras Economatica. O volume é 2,5 vezes maior que no início de 2019.

A Xp Vista Asset Management foi a gestora que mais atraiu cotistas para seus fundos no ano até 30 de setembro. Neste período, ela dobrou sua base, passando de 105.643 cotistas para 210.006. A gestora Alaska Investimentos tem o segundo maior crescimento, com 101.944 cotistas a mais em 2019.

O fundo multimercados Vinci Valorem FI Mult, da Vinci Gestão de Patrimônio, foi o que mais recebeu cotistas este ano, multiplicando sua base em mais de 90 vezes. Em nove meses, ele passou de 942 para 88.358 cotistas.

O patrimônio do fundo, que no final de 2018 era de R$ 172,9 milhões, passou a R$ 408,6 milhões no final de setembro de 2019, um crescimento de R$ 235,7 milhões. Já a rentabilidade no período foi de 10,2%.

O Alaska Black Institucional FIA foi o segundo fundo com maior crescimento de cotistas e o único na categoria de ações entre os cinco que mais ganharam clientes. Em 2019, ele passou de 29.232 cotistas para 69.302 cotistas, enquanto seu patrimônio aumentou em R$ 1,2 bilhão. A rentabilidade em 2019 até 30 de setembro foi de 16,4% - enquanto o Ibovespa rendeu 19,2% no mesmo período.

Segundo a Economatica, o gestor com maior quantidade de fundos entre os vinte mais bem colocados foi o Warren Brasil, com quatro fundos na lista, seguido pelo Alaska Investimentos e ARX Investimentos, que tiveram 3 fundos cada. Entre os 20 fundos que mais aumentaram sua base no acumulado do ano, 12 são de renda fixa, 10 são multimercados, 7 são de ações e 1 é cambial.

Veja abaixo os cinco fundos que mais ganharam cotistas nos primeiros nove meses do ano:

FundoCotistas (início do ano)Cotistas (30 de setembro)Ganho de patrimônio
Vinci Valorem FI Mult (multimercado)94289.300R$ 253.711
Alaska Black Institucional FIA (ações)29.23298.534R$ 1.201.392
Ca Indosuez Debent Ic Cred Priv Pc Mult (multimercados)6.46650.850R$ 1.722.227
Occam Retorno Absoluto FICFI Mult (multimercados)71430.337R$ 1.520.436
Iridium Apollo FI RF Cred Priv LP20.72349.835R$ 1.572.638

Fonte: Economatica

Captação líquida no ano

Segundo dados da Anbima, nos nove primeiros meses de 2019, a captação líquida total da indústria de fundos no período foi de 205,7 bilhões de reais, alta de 180% sobre o valor captado nos mesmos meses do ano passado (73,5 bilhões de reais).

Em agosto, o vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Carlos André, afirmou  a EXAME que a proporção de recursos alocados em ações vem crescendo e tende a ganhar cada vez mais espaço. "A renda fixa vem perdendo espaço proporcionalmente para os fundos destas categorias", disse.

Em setembro, o total aplicado em fundos de renda fixa ainda respondia pela maior parte – 41,5% – do patrimônio líquido global dos fundos no país, um total de 5,3 trilhões de reais. Essa participação, entretanto, vem caindo: era de 44% em dezembro do ano passado e chegou a 48% em dezembro de 2016.

Acompanhe tudo sobre:AçõesCotasEconomáticaFundos de investimento

Mais de Mercados

Boeing inicia demissões para reduzir 10% dos funcionários

Essa small cap “não vale nada” e pode triplicar de preço na bolsa, diz Christian Keleti

Morgan Stanley rebaixa ações do Brasil e alerta sobre ‘sufoco’ no fiscal

Petrobras: investimentos totais serão de US$ 111 bi até 2029 e dividendos vão começar em US$ 45 bi