Fachada de loja da Oi: ações da empresa despencaram na Bolsa (Dado Galdieri/Bloomberg)
Anderson Figo
Publicado em 12 de abril de 2016 às 19h22.
São Paulo - Na contramão da Bolsa, as ações da Oi (OIBR4) não têm um bom ano. Os papéis preferenciais da companhia não registram alta há 12 pregões, acumulando perda de 24,4% no período. Em 2016, a baixa já chega a 52,3%.
Já o Ibovespa subiu 4,7% desde 24 de março e soma valorização de 20% no ano. Enquanto a maioria dos papéis da Bovespa se beneficiam das apostas em um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff, a Oi sofre com fatores ligados a sua própria atividade.
EXAME.com listou abaixo três notícias que influenciaram negativamente as ações da Oi nas últimas sessões. Confira:
Debêntures
A Oi informou na semana passada que notificou agentes fiduciários sobre o descumprimento pela companhia de índices financeiros previstos pelas escrituras da quinta e da nona emissões de debêntures.
O descumprimento de índice previsto na quinta emissão foi notificado à GDC Partners Serviços Fiduciários, que convocou assembleia geral de debenturistas da emissão em questão para 15 de abril.
Já o descumprimento de índice da nona emissão foi notificado à Planner Trustee DTVM, que convocou assembleia geral de debenturistas para o mesmo dia.
Fim do fixo?
O número de linhas fixas ativas no Brasil recuou em fevereiro pela quinta vez, segundo dados divulgados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) na última semana.
Tanto a Oi quanto a Telefônica Brasil, as duas principais operadoras de telefonia fixa do país, tiveram redução no número de linhas ativas. A Oi encerrou fevereiro com 14.827.663 linhas fixas ativas e a Telefônica Brasil, que opera sob a marca Vivo, teve 9.531.540.
Fora do Ibovespa
A primeira prévia da carteira do Ibovespa que irá vigorar a partir de 2 de maio mostrou a saída das ações da varejista Hering (HGTX3) e da Oi. Não houve entrada de novos papéis, informou a Bolsa no início do mês.
A versão preliminar, que tem como base o fechamento do pregão de 31 de março, totalizou 59 ativos de 56 empresas, contra 61 ativos de 58 empresas na carteira teórica que fica em vigor até 29 de abril.
A corretora Brasil Plural e os bancos BTG e Itaú também acreditam que o papel da Oi deixará a composição do Ibovespa no próximo mês.