Bancos preveem dominância dos EUA nos mercados este ano (Erik McGregor/Getty Images)
Repórter
Publicado em 17 de janeiro de 2025 às 07h37.
Última atualização em 17 de janeiro de 2025 às 07h45.
A economia dos Estados Unidos deve continuar a ser "a mais resiliente, diversificada e inovadora do mundo", segundo dois dos maioers bancos de Wall Street, Goldman Sachs (GS) e JPMorgan (JPM). Em relatórios recentes, ambas instituições destacaram que os investidores devem continuar apostando em ativos americanos.
Os números, segundo os bancos, são impressionantes. O Produto Interno Bruto (PIB) nominal dos EUA se aproximou de US$ 30 trilhões em 2024, praticamente o dobro do tamanho da economia da Zona do Euro. Além disso, os mercados de ações e títulos americanos, avaliados em US$ 79 trilhões, superam em oito vezes o segundo maior mercado, o do Japão.
Segundo o Business Insider, o Goldman Sachs enfatizou que os EUA consolidaram sua superioridade com um crescimento do PIB de US$ 1,4 trilhão em 2024 — uma expansão 50% maior que a da China e 126% maior que a da Zona do Euro no mesmo ano. O Goldman aponta que essas disparidades tornam improvável que outra economia alcance o mesmo nível de robustez. "Nem mesmo a China será capaz de ultrapassar o PIB dos EUA", disseram os analistas.
Para o Goldman Sachs, diversas características estruturais continuam fortalecendo a posição dos EUA, incluindo a cultura de empreendedorismo e tolerância ao risco, vantagens geográficas e abundância de recursos naturais. Além disso, o sistema político americano, com seus mecanismos de governança e controle, é apontado como fundamental para essa estabilidade e crescimento contínuo.
Já o JPMorgan destacou o papel de um "dinamismo empresarial" que ganhou força após a pandemia de covid-19, alavancado por mudanças como o trabalho remoto e a explosão na formação de novas empresas.
A projeção é que a economia americana se beneficie ainda mais de políticas monetárias flexíveis e uma taxa de desemprego estável, mantendo sua trajetória de expansão em 2025.
Diante desse cenário, o Goldman Sachs revisou sua recomendação de alocação em ações americanas, aumentando o peso para 79% do portfólio sugerido, o que representa uma exposição 12 pontos percentuais acima do índice global MSCI All Country World Index.
A força do consumidor americano também foi destacada por ambas as instituições. "Os consumidores dos EUA impulsionam a economia global com seus padrões de gastos acima da média mundial", disse o JPMorgan. O otimismo é corroborado pela redução das taxas de poupança das famílias americanas, contrastando com o aumento das poupanças na Europa, mesmo com dívidas familiares em níveis baixos.
Para os investidores, o recado dos bancos é direto: o caminho continua a apontar para o mercado americano como o destino mais promissor para o capital em 2025 — e talvez até mesmo depois disso.