São Paulo - As ações da LLX (LLXL3) e PortX (PRTX3) dispararam 13% hoje na BM&FBovespa no primeiro dia de negócios após a cisão da empresa de logística do investidor Eike Batista. Os papéis da LLX Logística, que encerraram o pregão de ontem cotados a 7,74 reais, hoje são negociados a 8,72 reais (considerando a soma das cotações da PortX e LLXL3). Em torno das 16h54, as ações da PortX eram negociadas a 3,88 reais e as da LLX a 4,84 reais.
Como parte do processo de cisão e venda do Superporto Sudeste para a MMX Mineração, os acionistas da LLX, com base acionária de ontem, receberam uma nova ação da PortX, que representa o ativo do porto. O próximo passo será o anúncio da oferta de compra da MMX. A empresa de mineração
propôs o pagamento de US$ 2,2 bilhões por 100% da PRTX, sendo US$ 1,796 bilhão em royalties da MMX (debêntures de participação nos lucros ou royalties de 5 dólares a tonelada movimentada) e cerca de US$ 504 milhões em novas ações de emissão da MMX.
Ou seja, agora a ação da LLX representa os ativos dos portos Minas-Rio e Açu. O papel da PortX representa, por sua vez, a LLX Sudeste. A cisão possibilitou também a entrada da sul-coreana SK Networks no capital social da MMX Mineração. Para Victor Mizusaki, analista do UBS, a transação cria uma situação em que todos ganham, por 2 motivos: 1) Os acionistas da LLX poderão ter a chance de monetizar o valor do porto Sudeste; 2) A MMX se tornará uma empresa de mineração integrada e posicionada para consolidar ainda mais a região de Serra Azul.
De acordo com os termos da oferta, os acionistas detentores dos papéis da PortX poderão escolher 3 alternativas: não aceitar a oferta, receber os títulos perpétuos mais as ações da MMX ao preço de 13,963 reais, ou o valor em títulos mais o equivalente em dinheiro. A escolha de Eike Batista foi a segunda. “A grosso modo, um preço-alvo para as ações da PortX seria de 5 reais no cenário base”, disse Mizusaki em entrevista a EXAME.com. O analista ressalta que o cálculo para o valor dos títulos perpétuos dependerá do volume a ser movimentado no porto.
Duplicação
A LLX e a MMX
comunicaram hoje ao mercado que a LLX Sudeste assinou contratos vinculantes e irrevogáveis para a aquisição de quatro glebas de terra em área adjacente ao seu pátio de estocagem de minério de ferro no Município de Itaguaí. As quatro glebas totalizam aproximadamente 150.000 metros quadrados.
"Com a capacidade da primeira fase do Superporto Sudeste praticamente contratada, a expansão para 100 milhões de toneladas por ano permitirá que a MMX continue buscando maximizar o potencial da Serra Azul consolidada", afirmou Roger Downey, presidente da MMX, em comunicado ao mercado.