(Run Photo/Getty Images)
Guilherme Guilherme
Publicado em 7 de outubro de 2019 às 13h00.
Os papeis da Biotoscana chegaram a subir mais de 13% após o site Brazil Journal noticiar que as farmacêuticas Eurofarma e a canadense Knight Therapeutics apresentaram propostas para adquirir o controle da companhia, atualmente divido entre as empresas de investimentos Advent e Essex e um grupo de executivos, que detém 27,7%, 16,9% e 7,1% do grupo, respectivamente. Às 12h27, o ativo subia 13,60% e era negociado a 9,19 reais
A negociação, caso confirmada, poderia desencadear uma oferta pública de aquisição (OPA), de acordo com o site.
A farmacêutica é especializada em medicamentos de alta complexidade e tem participação em países da América do Sul, como Argentina, Brasil, Colômbia e Uruguai. A sede da empresa, porém, fica em Luxemburgo, onde suas ações são negociadas em forma de Euro MTF -categoria que não possui supervisão do órgão que regulamenta o mercado financeiro no país, apenas da bolsa local.
No Brasil, seus papeis são negociados na B3 desde julho de 2017, quando a Biotoscana fez IPO por meio de BDRs patrocinadas, que são recibos de ações de companhias listadas no exterior. A oferta pública rendeu 1,34 bilhão de reais, destinados ao caixa da empresa e a acionistas. Nos últimos dois anos, o papel perdeu cerca de dois terços de seu valor.
Na semana seguinte à operação, os BDRs da companhia eram negociados a pouco mais de 27 reais. O ativo passou cerca de dois meses rondando o patamar, mas logo os resultados da empresa fizeram o ativo desabar. Um ano após o IPO, os papeis da Biotoscana já eram negociados por volta dos 9 reais. Desde então, a valorização do papel não conseguiu ultrapassar 12 reais.
Em julho, ventilaram informações sobre uma possível aquisição da empresa por parta da farmacêutica brasileira EMS e as ações da BIotoscana chegaram a ter valorização de mais de 10%, chegando a pouco mais de 10 reais. Mas logo o preço murchou, assim como a expectativa de compra, que sequer foi confirmada oficialmente pela EMS.