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Pão de Açúcar rouba a cena e dispara quase 9% com resultado do Carrefour

Prévias de vendas da varejista geraram otimismo sobre o segmento de supermercados

Ações do GPA dispararam 8,93% após a prévia de vendas do concorrente gerar otimismo sobre o setor de supermercados. (Alexandre Severo/Exame)

Ações do GPA dispararam 8,93% após a prévia de vendas do concorrente gerar otimismo sobre o setor de supermercados. (Alexandre Severo/Exame)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 20 de abril de 2021 às 17h37.

Última atualização em 20 de abril de 2021 às 17h49.

O resultado positivo é do Carrefour (CRFB3), mas o principal beneficiário foi o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3). As ações do GPA dispararam 8,92% no pregão desta terça-feira, 20, após a prévia de vendas do concorrente gerar otimismo sobre o setor de supermercados.

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Em relatório divulgado na última noite, o Carrefour registrou receita bruta de 18,1 bilhões de reais, 15,1% acima do registrado no mesmo período do ano passado. Os papéis da varejista encerraram o dia em alta de 3,29%.

"Os dados ainda estão fortes, apresentando crescimento mesmo em relação ao primeiro trimestre de 2020, quando houve uma corrida para os supermercados em março", afirma Henrique Esteter, analista da Guide. Segundo ele, expectativas em torno da venda da fatia do Pão de Açúcar na Cnova também contribuem para o movimento de alta.

Na última semana, o GPA informou que seu controlador, o Casino, estuda operações de mercado envolvendo sua participação na Cnova, segunda maior e-commerce da França, do qual a rede brasileira detém 34,17% do capital social.

Após o anúncio, os papéis do Pão de Açúcar dispararam 14% no acumulado de dois pregões, e depois engataram em uma sequência de quedas que somaram perdas de quase 10%. As recentes quedas, a propósito, podem ter sido uma das razões para o GPA subir mais que o Carrefour.

“Como as ações do GPA caíram muito ultimamente, elas subiram mais no pregão de hoje. É comum no mercado que um resultado positivo de vendas em determinado setor indique que as outras companhias concorrentes também vão performar bem”, afirma comenta Rodrigo Friedrich, head de renda variável da Renova Invest, escritório de assessores ligado ao banco BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME).

Analistas da Ativa Investimentos também apontam as recentes quedas como a razão para a dispara de quase 9% nesta terça-feira. “Podemos estar vendo uma força compradora por parte de investidores que acreditam no papel no longo prazo, que estão aproveitando para comprar após a desvalorização das ações nos últimos dias”, afirmam em nota.

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