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Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2010 às 17h32.
SÃO PAULO, 18 de outubro (Reuters) - O dólar e o principal
índice da Bovespa terminaram praticamente estáveis nesta
segunda-feira, a despeito da alta das bolsas de valores nos
Estados Unidos, em meio ao forte resultado trimestral do
Citigroup.
Tanto a agenda doméstica quanto a internacional foram
fracas, com investidores no aguardo de mais balanços
corporativos e de estímulos adicionais por parte do Federal
Reserve.
No fim da tarde, após o fechamento do mercado à vista de
câmbio, o Ministério da Fazenda informou que o ministro Guido
Mantega fará um comunicado à imprensa, sem informar detalhes.
Na semana passada, Mantega disse que o governo ainda avaliava
os efeitos das medidas adotadas para conter a valorização do
real e que também monitorava os movimentos no mercado futuro.
Na Bovespa, a queda de papéis como os da própria bolsa
foi contrabalançada pelo ganho da Vale ,
em dia de exercício de opções. A companhia divulgou um salto de
23,7 por cento na produção de minério de ferro no terceiro
trimestre [ID:nN18262312].
Nos EUA, a pauta corporativa se concentrou no Citigroup
, cujo lucro melhor que o esperado animou outras ações do
setor bancário, justificando a alta das bolsas norte-americanas
e do principal índice acionário europeu .
Investidores pouco repercutiram a queda inesperada na
produção industrial dos EUA em setembro e a confirmação do
nível ainda baixo na confiança das construtoras do país, apesar
do indicador ter subido [ID:nN18143167]. Os dados reforçaram a
expectativa de mais alívio monetário nos EUA.
Para o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as
medidas para impulsionar a economia norte-americana estão tendo
"efeitos colaterais" no Brasil [ID:nN18263999].
Da pauta doméstica, destaque para o relatório Focus --que
mostrou leve aumento nas previsões do mercado para a inflação
neste ano e no próximo-- e para o IGP-10, que superou a mediana
das estimativas [ID:nN18240440] [ID:nN18238344].
Os números motivaram realização de lucros no mercado futuro
de juros da BM&FBovespa, a dois dias da decisão do Comitê de
Política Monetária (Copom) sobre a Selic, para a qual o mercado
espera estabilidade.
Veja como terminaram os principais mercados nesta
segunda-feira:
CÂMBIO
O dólar fechou a 1,666 real, estável em relação ao
fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa caiu 0,1 por cento, a 71.735 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 11,6 bilhões de reais, inflado pelo
exercício de opções.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros subiu 0,3 por
cento, a 36.613 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2011 apontava 11,28 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,22 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3968 dólar, ante
1,3976 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, caía para 140,06 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,197 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil subia 9 pontos, a 181 pontos-básicos. O
EMBI+ avançava 6 pontos, a 253 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones ganhou 0,7 por cento, a 11.143
pontos, o S&P 500 teve apreciação de 0,7 por cento, a
1.184 pontos. O Nasdaq Composite subiu 0,5 por cento,
aos 2.480 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
subiu 1,83 dólar, a 83,08 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, avançava, oferecendo rendimento de 2,509
por cento ante 2,567 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Por José de Castro; Edição de Daniela Machado)