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Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2011 às 16h37.
São Paulo - Os mercados locais monitoravam o comportamento das praças internacionais nesta quinta- feira, enquanto investidores digeriam o anúncio dos cortes no Orçamento da União, na véspera, e faziam as contas para ver a ajuda que a política fiscal dará para a política monetária no combate à inflação.</p>
A Bovespa operava em alta, embora perto das mínimas em meio à fraqueza em Nova York, enquanto o dólar subia frente ao real e ao euro e os DIs operavam sem rumo definido.
Na quarta-feira, o governo anunciou corte inédito de 50 bilhões de reais nas despesas orçamentárias previstas para o ano, em um esforço para reforçar o discurso de que a contenção da demanda pública terá papel relevante no controle da inflação nos próximos meses [ID:nN10248128].
"Apesar de o corte vir perto do que o mercado esperava, as contas ainda estão sendo feitas para ver o impacto disso. O impacto maior é no juro, na previsão para a Selic ao longo do ano", afirmou Jorge Lima, consultor financeiro da Previbank DTVM.
Como o mercado ainda avalia o quanto vai rever as apostas para a Selic este ano, as projeções de juro operam sem tendência definida, com os contratos mais curtos cedendo e os mais longos em leve alta.
Além de digerir os cortes orçamentários, o mercado de juros futuros também recebeu a primeira prévia do mês do IGP-M. O Índice Geral de Preços do Mercado subiu 0,66 por cento, ante alta de 0,42 por cento em igual período de janeiro [ID:nN10249648]
O dólar seguia em valorização aqui e lá fora, em meio a dúvidas de investidores sobre a falta de medidas concretas para resolver a crise de dívida da zona do euro. Operadores citaram atuação expressiva de reservas soberanas da Ásia na ponta de venda do euro.
Internamente, o Banco Central já atuou com leilão de swap cambial reverso, em que vendeu 86 por cento da oferta, e promoveu um leilão de compra de dólar no mercado à vista.
A Bovespa se mantinha perto das mínimas desde agosto, embora em alta, com os estrangeiros cautelosos em relação às bolsas emergentes. O Credit Suisse reduziu nesta quinta-feira a exposição a mercados emergentes, citando a melhora das principais economias e a preocupação com a inflação de alimentos. [ID:nN10272705]
Veja a seguir o desempenho dos principais índices do mercado financeiro às 13h40 (horário de Brasília).
CÂMBIO
O dólar era negociado a 1,668 real, em alta de 0,42 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA <.BVSP>
O Ibovespa saía a +0,54 por cento, a 64.566 pontos.
ADRs BRASILEIROS <.BR20>
O índice dos principais ADRs brasileiros estava em -0,13 por cento, a 34.525 pontos.
JUROS <0#2DIJ:>
O DI janeiro de 2012 apontava 12,33 por cento ao ano, ante 12,31 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3599, ante 1,3727 no fechamento anterior.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, mostrava queda para 133,625 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,971 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS <11EMJ>
O risco Brasil operava estável a 173 pontos-básicos. O EMBI+ também estava estável a 253 pontos-básicos.
MSCI DE BOLSAS GLOBAIS <.MIWD00000PUS>
O índice que reúne as bolsas globais mostrava -0,69 por cento, a 340 pontos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones <.DJI> operava a -0,30 por cento, aos 12.203 pontos. O S&P 500 <.SPX> estava em -0,16 por cento, aos 1.318 pontos. O Nasdaq <.IXIC> era negociado a -0,27 por cento; aos 2.781 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo subiu 0,55 dólar, a 87,26 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 3,682 por cento ante 3,652 por cento no fechamento anterior.