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Pacto para encerrar crise europeia faz bolsas dispararem nesta quarta

Maioria delas registrou suas altas mais destacadas de 2011 devido às medidas adotadas em relação à dívida grega e ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF)

Serão disponibilizados 1 trilhão de euros para ajudar os países afetados pela crise (AFP)

Serão disponibilizados 1 trilhão de euros para ajudar os países afetados pela crise (AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2011 às 17h57.

Redação Central - Os acordos firmados pelos líderes da União Europeia nesta quinta-feira para por fim à crise da dívida soberana foram bem recebidos pelas bolsas, e a maioria delas registrou suas altas mais destacadas de 2011.

Os indicadores das bolsas de valores europeias dispararam desde o início dos pregões graças às medidas adotadas em relação à dívida grega e ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), que terá à disposição 1 trilhão de euros para ajudar os países afetados pela crise.

As ações de bancos e seguradoras de França, Alemanha e Itália contribuíram para que os índices das bolsas desses três países registrassem suas maiores altas desde o começo do ano: 6,28%, 5,35% e 5,49%, respectivamente.

O IBEX 35, principal índice seletivo do mercado espanhol, também não ficou muito longe, ao subir 4,96%, seu segundo melhor resultado em 2011, também devido às expressivas altas em seus principais bancos.


As ações do BBVA subiram 10,21%, enquanto as do Santander avançaram 7,53%, apesar de os bancos espanhóis serem, a princípio, os maiores perdedores do acordo de recapitalização financeira (as necessidades de capital para Popular, La Caixa e Bankia somam 26,1 bilhões de euros, 25% do valor estimado para toda a Europa).

'As grandes entidades financeiras anunciaram que podem conseguir esses números sem necessidade de comparecer ao mercado ou às ajudas estatais', o que as beneficia na bolsa, afirmou David Cano, sócio da empresa de análise e consultoria espanhola Analistas Financeiros Internacionais.

Para justificar as altas exageradas do setor financeiro europeu, Cano também disse que 'os mercados haviam se posicionado no pior dos mundos, com previsões de recapitalização próxima de 300 bilhões de euros'.

O analista chefe do Citigroup na Espanha, José Luis Martínez Campuzano, explicou ainda que os líderes europeus 'firmaram as bases para a resolução a médio prazo da crise de dívida' com a adoção de 'decisões adequadas que conseguiram mudar o sentimento do mercado'.


A principal valorização nesta quinta entre os títulos que compõem o seletivo europeu Eurostoxx 50 foi a do Société Générale, cujos papéis subiram 22,5%, seguidos pelos de BNP Paribas (16,92%), Deutsche Bank (15,35%), AXA (14,71%) e ING (14,42%).

Os acordos de Bruxelas também contribuíram para acalmar as qualificações de risco de Espanha e Itália, países mais próximos de sofrerem contágio da crise da dívida.

O prêmio de risco, ou diferencial entre a rentabilidade dos bônus espanhóis a 10 anos e a de seus equivalentes alemães, registrou sua terceira maior queda do ano, para 312,5 pontos básicos, frente aos 344,09 pontos de ontem.

No caso da Itália, seu prêmio de risco caiu de forma mais moderada que o da Espanha, ao passar dos 388,72 pontos básicos de quarta-feira para 366,62 pontos básicos no fechamento de hoje.

Os analistas destacam a manutenção das dúvidas sobre as reformas econômicas da Itália na comparação com os progressos da Espanha, que anunciou que seu déficit público continua o caminho de redução. EFE

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