Pacote de dados da economia chinesa deve catalisar as bolsas mundiais e impactar Ibovespa (Peter Parks/AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2010 às 17h41.
São Paulo - O calendário de indicadores econômicos deve dar uma folga ao investidor na próxima semana, após os intensos primeiros dias de novembro. O ponto alto fica por conta dos dados da economia chinesa a partir do dia 10, com inflação, vendas do varejo e produção industrial divulgados às 23 horas, destaca Marcos Saravalle, analista da Coinvalores.
Segundo Saravalle, a expectativa do mercado para os números chineses é de manutenção do crescimento. “As projeções enxergam que a produção industrial manterá crescimento de dois dígitos, e uma aceleração de 2,8% nas vendas do varejo”. Os resultados devem impulsionar positivamente as bolsas e podem funcionar como catalisadores para o Ibovespa, cuja iminência de novo recorde de pontos tem sido acompanhada. “Os números chineses são uma boa chance de viés de alta na bolsa”, explica o analista.
Brasil e mundo
Esvaziada de indicadores de peso, a agenda nacional dá espaço para os dados de produção e venda de veículos às 9h30 da segunda-feira (8) e para o IPCA de outubro, às 8 horas da terça-feira (9). Para o analista Rodney Melhados, da corretora Planner, as atenções para as pressões inflacionárias voltam aos holofotes, com a expectativa pelo futuro comportamento do Banco Central. “Após os eventos políticos recentes, o mercado deve voltar a acompanhar como o BC será guiado”, ressalta.
No cenário externo, os investidores ainda absorvem o impacto da decisão recente do Federal Reserve, que aprovou um pacote monetário de 600 bilhões de dólares para auxílio à economia americana. Vale prestar atenção nos números dos pedidos semanais de auxílio desemprego, aponta Melhados. Divulgados na quarta-feira (10) às 10h30 de Brasília, os pedidos devem diminuir de 457 mil para 450 mil, de acordo o site Briefing.com.
A agenda internacional é encerrada com o PIB da Zona do Euro para o terceiro trimestre às 7 horas da sexta-feira (12), cuja expectativa é de desaceleração de 1% para 4% na comparação trimestral e de leve aceleração de 1,9% para 2% na comparação anual.