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Ouro fecha semana em recorde histórico, acima de R$ 13,8 mil por onça

Movimento foi impulsionado pela perspectiva de um corte nas taxas de juros nos Estados Unidos e pelos riscos geopolíticos globais

Publicado em 17 de agosto de 2024 às 13h04.

A cotação do ouro, um ativo considerado seguro, bateu, nesta sexta-feira, 16, um recorde histórico, ultrapassando 2.500 dólares (cerca de R$ 13,7 mil) por onça, devido à perspectiva de um corte nas taxas de juros nos Estados Unidos e aos riscos geopolíticos globais.

Na sexta-feira, 16,  a cotação do ouro fechou em alta de 1,82%, em 2.537,80 dólares (cerca de R$ 13,8 mil). O recorde anterior datava de meados de julho.

O preço do ouro foi impulsionado pela publicação de dados que mostram o baixo dinamismo do setor de construção de novas moradias nos Estados Unidos em julho, uma nova sinalização negativa para a economia do país.

Diante dos temores de recessão na maior economia do mundo, os mercados reforçaram suas expectativas de cortes nas taxas pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano.

"A forte queda dos rendimentos dos títulos" e do dólar, "no contexto das expectativas de cortes nas taxas pela Fed, está beneficiando ativos com rendimentos nulos ou baixos", como o ouro, explica Fawad Razaqzada, analista do City Index.

Mundo mais complexo

Além disso, o ouro continua sendo "procurado como 'ativo de refúgio' em um contexto geopolítico tenso", destaca Carsten Fritsch, analista do Commerzbank.

No Oriente Médio, a comunidade internacional intensifica os esforços diplomáticos para alcançar uma trégua na Faixa de Gaza após dez meses de guerra entre Israel e o movimento islamista Hamas.

As conversas também visam evitar um conflito regional, após as ameaças contra Israel por parte do Irã, que jurou vingar a morte do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, assassinado em um ataque atribuído aos israelenses no dia 31 de julho, em Teerã.

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