Ouro: contrato para fevereiro subiu US$ 17,30 (1,4%), para US$ 1.294,20 por onça-troy, na Comex (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 16h58.
Nova York - O ouro fechou no nível mais alto em cinco meses nesta terça-feira, 20, em meio à busca dos investidores por proteção diante das incertezas com relação ao euro.
Como há grandes expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie na quinta-feira mais medidas de estímulo para a zona do euro, o ouro atraiu compradores que acreditam que o metal precioso vai manter mais seu valor do que moedas ou outros ativos.
O euro vem perdendo valor em relação ao dólar em razão das expectativas com a decisão do BCE e na semana passada atingiu o nível mais baixo em 11 anos depois de o Banco Nacional da Suíça (SNB) abandonar o limite de valorização do franco.
Caso a adoção de novos estímulos se confirme, provavelmente a moeda única vai se enfraquecer mais.
"A Europa está certamente liderando o foco no momento", afirmou Bill O'Neill, cofundador da Logic Advisors.
"Existem receios de uma guerra cambial e de volatilidade no câmbio e há um alto nível de incerteza em torno da zona do euro", acrescentou.
As eleições na Grécia no próximo domingo também são uma fonte de preocupação.
O partido radical de esquerda Syriza lidera as pesquisas de opinião, o que renova o debate sobre uma possível saída do país da zona do euro.
O contrato de ouro para fevereiro subiu US$ 17,30 (1,4%), para US$ 1.294,20 por onça-troy, na Comex, a divisão de metais da Nymex.
Esse foi o valor de fechamento mais alto desde 20 de agosto do ano passado.
Outros metais preciosos acompanharam o ouro e subiram.
A prata para março registrou a máxima em quatro meses e fechou a sessão com alta de 1,2%, a US$ 17,956 por onça-troy, enquanto a platina avançou 1,4%, para US$ 1.286,60 por onça-troy, o nível mais alto desde 1º de outubro do ano passado.
O paládio para março se recuperou da forte queda de sexta-feira e subiu 3,2%, para US$ 778,75 por onça-troy - o maior ganho em um único dia desde 21 de novembro.
Fonte: Dow Jones Newswires.