Nova York - Os contratos futuros do ouro fecharam em ligeira alta nesta sexta-feira na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), após oscilações durante a sessão. Mesmo assim, o metal acumulou perda de 0,2% na semana. Por outro lado, a platina foi novamente um destaque e encerrou o dia em alta em razão dos temores do impacto sobre os preços decorrentes da violência em uma mina sul-africana da Lonmin, que deixou pelo menos 34 trabalhadores mortos e outros 78 feridos.

O contrato de ouro mais negociado, para dezembro, subiu US$ 0,20, ou 0,01%, para US$ 1.619,40 a onça-troy. O número de contratos futuros de ouro em aberto atingiu nesta semana seu nível mais baixo desde setembro de 2009, outro sinal de que poucos negociadores estão dispostos a participar do mercado. O volume médio de negociações diárias de contratos de ouro está 54% mais baixo neste mês na comparação com agosto do ano passado, após uma queda de 13% em julho, em meio à temporada de férias de verão no Hemisfério Norte.

O ouro tem sido afetado nos últimos dias pela alta do dólar e isso não foi exceção nesta sexta-feira. Ao mesmo tempo, os receios com a crise da dívida na Europa fornecem certo suporte para o metal, considerado um "porto seguro". "Até virmos um estímulo real ou a materialização de medidas de relaxamento quantitativo no Ocidente, eu acredito que o ouro vai continuar a registrar volatilidade", disse Sonny Tahiliani, diretor-gerente da consultoria MacroMoves.

O contrato de platina para outubro, o mais negociado, subiu US$ 37,90, ou 2,6%, para US$ 1.473,10 a onça-troy na Nymex. A violência na mina sul-africana atraiu a atenção dos investidores para a rivalidade entre dois sindicatos e seu impacto sobre a oferta do metal. Cerca de 80% da platina consumida em todo o mundo vem da África do Sul. As informações são da Dow Jones.