No acumulado do ano, o ouro acumula uma valorização de 17%
Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2011 às 17h50.
São Paulo – Os contratos futuros do ouro bateram um novo recorde nesta quarta-feira (3) diante dos temores dos investidores de que a economia global está se desacelerando, especialmente após dados sinalizarem desaquecimento da recuperação dos Estados Unidos.
O indicador ISM (Institute for Supply Management) Services ficou em 52,7 pontos em julho, abaixo daestimativa do mercado de 53,7 pontos. O resultado foi também inferior aos 53,3 pontos atingidos em junho. Os investidores também leem os números do mercado de trabalho no setor privado.
O ADP Employment mostrou a criação de 114 mil vagas no mês de julho, abaixo do avanço de 145 mil postos do mês anterior. Além disso, o indicador Factory Orders mostrou a queda de 0,8% nas economendas feitas à indústria do país.
Para piorar, o mercado aguarda pelo veredicto das três grandes agências de classificação de risco (Standard and Poor's, Moody's e Fitch) sobre o plano de redução do déficit dos Estados Unidos. O anúncio é esperado com certa apreensão em Washington e Wall Street, que temem perder a prestigiada nota "triplo A" para os títulos de sua dívida pública.
O contrato do ouro com entrega para dezembro atingiu 1.666,30 dólares a onça (novo recorde), registrando aumento de 21,80 dólares ou 1,3%. No acumulado do ano, o ouro acumula uma valorização de 17%, segundo dados copilados pela Bloomberg.
Os contratos negociados em euros também dispararam, principalmente por conta das preocupações de que o desaquecimento da economia global possa agravar a crise de dívida pública na Europa, elevando os esforços de Itália e Espanha para não serem contagiadas, assim como ocorreu com a Grécia, que recorreu a pacotes de ajuda para “evitar um calote”.
Os contratos da prata com entrega em setembro, negociados em Nova York, também subiram e encerram o dia em alta 4,2%, negociados a 41,758 dólares a onça. No acumulado de 2011, o avanço é de 35%.