Repórter
Publicado em 24 de novembro de 2023 às 08h38.
Última atualização em 24 de novembro de 2023 às 09h02.
Os mercados internacionais operam em terreno positivo a manhã desta sexta-feira, 24, dando continuidade ao movimento de apetite ao risco que tem tomado o mês de novembro. O gatilho para o reposicionamento dos ativos globais foi a queda dos juros futuros americanos, com investidores precificando um caminho mais brando para a política monetária americana.
Nos Estados Unidos, onde índices de ações acumulam mais de 8% de alta em novembro, as bolsas reabrirão após o feriado de Ação de Graças, comemorado na véspera. A sessão, no entanto, terá horário reduzido, com os negócios encerrando às 15h (de Brasília).
Até lá, investidores deverão reagir aos Índices de Gerente de Compras (PMIs, na sigla em inglês) que serão divulgados nos Estados Unidos às 11h45. Os números darão uma pista sobre o nível da atividade econômica neste mês. É esperado que os números fiquem próximos da linha neutra dos 50 pontos
No Brasil, as atenções estão com o noticiário corporativo, envolvendo a federalização das estatais mineiras. As duas estatais listadas do Estado de Minas, Copasa e Cemig, informaram à CVM terem recebido um ofício sobre as intenções de destinar o controle das companhias para o governo federal. O movimento tem provocado forte desvalorização, com investidores prevendo uma menor chance de privatização com a ida dessas empresas para a União. Em cinco pregões, Copasa e Cemig acumulam quedas de 6% e 19%, respectivamente.
Enquanto investidores temem a federalização das estatais mineira, a principal companhia do governo federal, a Petrobras, segue tocando seus planos de expansão.
Na noite passada, a petrolífera anunciou a aprovação do plano estratégico para o quinquênio de 2024-2028. Para os próximos cinco anos, a companhia espera investir US$ 102 bilhões.
Parte do dinheiro, afirmou a Petrobras, será usado para a "integração de fontes energéticas essencial para uma transição energética justa e responsável". Petróleo e gás, no entanto, seguirão como fatores "preponderantes de valor", afirmou a Petrobras. "Os investimentos rentáveis em baixo carbono ganham relevância para a geração de valor a longo prazo."