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Operador que ‘sonha com a recessão’ pode ser uma fraude, diz Telegragh

O auto-intitulado operador independente está longe do perfil de um investidor de alto risco, esclareceu o jornal britânico em artigo

"O Goldman Sachs governa o mundo", disse o auto-intitulado operador (Getty Images)

"O Goldman Sachs governa o mundo", disse o auto-intitulado operador (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2011 às 11h26.

São Paulo - "Os mercados vão quebrar, e rápido". O diagnóstico catastrófico e direto abriu a entrevista ao vivo do operador financeiro Alessio Rastani à rede de televisão britânica BBC.

Mas ele não parou por aí. O desfile de sinceridade pouco comum nessas situações continuou. "Eu vou para a cama noite após noite sonhando com a recessão", disse, assinando o passaporte para se tornar uma sensação automática na internet. Nem precisava do final: O Goldman Sachs governa o mundo".

O vídeo obviamente explodiu, e após a ascensão imediata aos trending topics do Twitter e o ataque de cavalaria em sua página no Facebook, questionou-se de onde viria o trader. O também britânico Telegraph investigou e foi bem direto: o entrevistado pode ser uma fraude.

O auto-intitulado operador independente não tem registro na Financial Services Authority, reguladora dos mercados do Reino Unido, nem um escritório ou empresa de finanças - ele trabalha no mesmo lugar onde vive, uma casa no valor de 200 mil libras ao sul de Londres, registrada em nome de sua companheira, Anita Eader.

Segundo apurou o Telegraph, suas posses são humildes para um investidor de alto risco: tem apenas 985 libras guardadas na conta mais recente do banco. Depois de quatro anos negociando, seus ativos líquidos são de 10.048 libras - no vermelho.

"Como um homem que não tem histórico discernível trabalhando para uma instituição financeira da cidade acabou sendo entrevistado pela BBC permanece um mistério", sentenciou artigo do Telegraph, que não costuma perder uma oportunidade de alfinetar a rival BBC.

Questionado pelo jornal, Rastani afirmou que foi a BBC quem se aproximou dele com o convite. "Eu sou um cara em busca de atenção. Essa é a razão pela qual eu concordei em ir na BBC. Eu amo a idéia de falar em público", afirmou, mais uma vez, com sinceridade. Veja a entrevista original abaixo:

https://youtube.com/watch?v=kpg76VjTa58

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