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Operação contra a Bolsa de Istambul detém 57 pessoas

A operação busca suspeitos de envolvimento na tentativa de golpe de Estado na Turquia no ano passado

Bolsa de Istambul: autoridades consideram que os detidos estão vinculados à rede do pregador islamita Fethullah Gülen (Murad Sezer/File Photo/Reuters)

Bolsa de Istambul: autoridades consideram que os detidos estão vinculados à rede do pregador islamita Fethullah Gülen (Murad Sezer/File Photo/Reuters)

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AFP

Publicado em 12 de maio de 2017 às 09h51.

A polícia turca anunciou a detenção nesta sexta-feira de 57 pessoas suspeitas de participação na tentativa frustrada de golpe de Estado de julho do ano passado, em uma operação contra a Bolsa de Istambul.

As detenções aconteceram em seis províncias, de acordo com a agência de notícias Anadolu, segundo a qual a justiça emitiu mais de 100 pedidos de captura.

As operações prosseguiam durante a manhã, segundo a agência.

As autoridades consideram que estas pessoas estão supostamente vinculadas à rede do pregador islamita Fethullah Gülen, a quem Ancara atribui a tentativa de golpe de 15 de julho de 2016. Exilado nos Estados Unidos, Gülen nega as acusações.

O site do jornal Habertürk informa que as pessoas detidas nesta sexta-feira são ex-funcionários da Bolsa de Istambul, suspeitas de utilizar um aplicativo de mensagens codificadas, Bylock, que, segundo as autoridades turcas, era o sistema de comunicação usado pelos golpistas.

Estas pessoas também são acusadas, de acordo com o Habertürk, de terem efetuado transações em benefício do Bank Asya, um banco próximo à rede de Fethullah Gülen, que perdeu a licença após a tentativa de golpe de Estado.

Desde julho do ano passado, mais de 47.000 pessoas, principalmente policiais, juízes e professores, foram detidos. Mais de 100.000 foram demitidas ou suspensas de suas funções.

Vários países europeus e diversas ONGs criticaram as medidas, denunciando uma repressão contra os círculos pró-curdos e os meios de comunicação críticos ao governo.

O governo afirma que o expurgo era necessário para suprimir os elementos rebeldes das instituições.

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