Com o acordo, a cotação do petróleo chegou a atingir o maior nível em 10 meses em Nova York (Daniel Acker/Bloomberg)
Beatriz Quesada
Publicado em 5 de janeiro de 2021 às 17h10.
Última atualização em 5 de janeiro de 2021 às 17h22.
Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, representados pela sigla Opep+ chegaram a um acordo para reduzir a oferta de petróleo no mês que vem. A Arábia Saudita carregará o maior fardo dos cortes na produção, enquanto outros países não farão mudanças ou terão um pequeno aumento, disseram as fontes ouvidas pela Bloomberg.
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Com o acordo, fechado após dois dias de negociações, a cotação do petróleo chegou a atingir o maior nível em dez meses em Nova York. Ao que parece, o pacto deu à maioria dos membros do grupo o que queriam — o suporte para preços desejado pela Arábia Saudita e o aumento da produção exigido pela Rússia.
A Arábia Saudita não divulgou o tamanho de sua redução extra, disseram as fontes, que não quiseram ser identificadas. Na última vez que o reino fez um corte unilateral, em junho do ano passado, foram retirados do mercado mais de 1 milhão de barris diários em oferta.
Em contraste, a Rússia e o Cazaquistão terão permissão para aumentar a produção em 75.000 barris por dia no total em fevereiro. É um aumento simbólico para os dois maiores produtores da aliança que não fazem parte da Opep. O restante dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados já estavam perto de um consenso para manter a produção estável em fevereiro, disseram as fontes.
Com as propostas, a oferta no mercado global será menor em fevereiro do que operadores esperavam antes desta semana.
(Com a colaboração de Dina Khrennikova)