S&P 500: A chamada “parede” de opções de compra passou de 4.800 para 5.000 pontos (Bloomberg/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 22 de janeiro de 2024 às 17h34.
Operadores do mercado de opções apostam em mais ganhos no índice S&P 500 depois do recorde quebrado na sexta-feira.
Uma série de posições otimistas elevaram o que é visto como um teto para a faixa de negociação do índice de referência do mercado de ações americano. A chamada “parede” de opções de compra passou de 4.800 para 5.000 pontos — um sinal de que os operadores veem espaço para o mercado superar o próximo obstáculo em direção a ganhos adicionais, de acordo com dados da SpotGamma. Isso aponta para mais 3,3% de alta em relação ao fechamento de sexta-feira.
Expectativas de lucros mais baixas — o que facilita surpresas positivas — estão entre os catalisadores que poderão ajudar a manter a alta das ações. Um possível aumento da emissão de dívida do Tesouro americano, que pode diminuir o apelo dos Treasuries, também pode impulsionar as ações.
A mudança na estrutura do mercado de opções está “convidando a uma alta ainda maior”, disse o fundador da SpotGamma, Brent Kochuba. A mudança foi impulsionada por opções de compra que visam sobretudo pesos pesados do índice, incluindo gigantes de tecnologia como Apple e Amazon.
Uma tendência de alta vem se formando, com dados econômicos robustos que ajudaram a dissipar a correção observada nos primeiros dias do ano. Embora os dados econômicos positivos diminuam apostas em cortes de juros em breve, elas reforçam a noção de que um pouso forçado será evitado.
O volume de negociação de opções de compra deu um salto na sexta-feira, sugerindo mais posicionamento de alta por parte dos investidores.
Mais combustível de alta poderá vir dos investidores que se posicionam através da volatilidade. A curva futura do índice de volatilidade VIX se deslocou para baixo no último mês e poderá sofrer ainda mais pressão de queda com o desmonte de posições de hedging e um ajuste para a alta das ações.
Isso poderia então “agir como um estilingue para o ciclo virtuoso das ações, já que a diminuição da volatilidade gerará fluxos automáticos” dos fundos quantitativos, disse o estrategista Charlie McElligott, do Nomura. “O caminho para novas máximas históricas no segundo semestre de 2024 certamente ainda existe.”