Petróleo: guerra trouxe de volta o chamado prêmio geopolítico sobre os preços da commodity (Olga Rolenko/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 11 de outubro de 2023 às 15h22.
Última atualização em 11 de outubro de 2023 às 15h22.
A guerra entre Israel e o Hamas, no Oriente Médio, gerou uma corrida por opções que posicionam o investidor para um salto acentuado no preço do barril do petróleo West Texas Intermediate (WTI).
Na última terça-feira, 10, opções de compra do petróleo de referência para os Estados Unidos foram negociadas com um prêmio raro sobre as opções de venda pela primeira vez desde novembro passado. É uma virada incomum que tende a acontecer apenas em momentos de escassez aguda de oferta ou de risco geopolítico elevado.
No início da semana, surgiram até contratos que lucram se o preço subir para US$ 150 o barril, outro sinal de que os operadores estão preocupados com a possibilidade de uma disparada se a situação na região piorar. O barril WTI era negociado a cerca de US$ 84 nesta quarta-feira, 11.
Embora até agora o conflito entre Israel e o Hamas tenha tido pouco impacto sobre a oferta, o combate trouxe de volta o chamado prêmio geopolítico sobre os preços do petróleo — dado os riscos de impacto potencial para a região, sobretudo no que diz respeito aos embarques iranianos.
No mercado de opções, grande parte das negociações se concentra em opções de compra entre US$ 95 e US$ 100 o barril, em contratos que expiram nos próximos seis meses.
No início desta semana, a diferença de preço entre opções de venda e de compra teve sua maior variação de um dia desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, um sinal de que operadores reavaliam os riscos políticos.