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Olympus sofre pressão para revelar detalhes de negociações

As ações da empresa caem 8,9% nesta terça-feira, acumulando queda de 43% nos três dias seguintes à demissão do executivo Michael Woodford

A companhia japonesa reiterou nesta terça-feira que Woodford foi demitido em decorrência do seu estilo de gestão (Divulgação)

A companhia japonesa reiterou nesta terça-feira que Woodford foi demitido em decorrência do seu estilo de gestão (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 13h28.

Tóquio - A Olympus está sob pressão para revelar os detalhes de pagamentos feitos em uma série de aquisições, o que fez as ações da companhia recuarem pelo terceiro dia consecutivo após a demissão inesperada do presidente-executivo, na semana passada.

O britânico Michael Woodford disse à imprensa que acredita ter sido demitido por ter identificado pagamentos excessivos em relação à compra da fabricante britânica de equipamentos médicos Gyrus e de três empresas japonesas.

A companhia japonesa reiterou nesta terça-feira que Woodford foi demitido em decorrência do seu estilo de gestão.

A Olympus, que fabrica instrumentos de precisão e câmeras, disse em um encontro com investidores que pode tomar medidas legais contra o ex-presidente-executivo por ele ter revelado informações confidenciais à imprensa depois da demissão.

Analistas e investidores, no entanto, continuam com um pé atrás por causa de uma carta, de 11 de outubro, que Woodford enviou ao presidente do conselho Tsuyoshi Kikukawa, mencionando "uma série de erros calamitosos e julgamentos excepcionalmente falhos" que resultaram em "perda no valor das ações de 1,3 bilhão de dólares".

A carta que Woodford mostrou à imprensa detalha a preocupação com o pagamento de cerca de 680 milhões de dólares a consultores na compra da Gyrus, equivalente a cerca de 36 por cento do valor da transação.

As ações da Olympus caíram 8,9 por cento nesta terça-feira, acumulando queda de 43 por cento nos três dias seguintes à demissão do executivo.

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