Loja da Oi: venda dos ativos faz parte das prioridades informadas pela companhia (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2015 às 18h44.
Rio - Além dos negócios em Portugal, a Oi pretende negociar neste ano também os ativos da África.
O processo de negociação, no entanto, deve evoluir somente no segundo semestre do ano, de acordo com o presidente da companhia, Bayard Gontijo.
A venda dos ativos faz parte das prioridades informadas pela companhia, em meio à meta de corrigir o balanço patrimonial.
"Fomos procurados por alguns potenciais interessados, mas não tem nada concreto ainda. É uma operação para evoluir mais no segundo semestre deste ano. Mas está à venda e vamos executar", afirmou.
O valor estimado dos ativos da África é de 1,3 bilhão de euros (cerca de R$ 4 bilhões), o que inclui fatia de 25% da Africatel na Unitel, operadora de Angola.
O executivo ressalta que, por ser uma participação minoritária, trata-se de uma negociação mais complexa.
Isso porque quem assumir a participação da Oi terá que se dispor a participar do negócio como um acionista minoritário, com atuação menos ativa na gestão.
"Isso dificulta um pouco. Temos que encontrar um investidor que esteja nesse perfil e queira participar de maneira minoritária no negócio".
Além desse ativo, a empresa também tem mil torres móveis que podem ser monetizadas e imóveis.
"Os imóveis, pela concessão que temos, precisamos aprovar com o regulador anteriormente. Estamos trabalhando internamente em relação aos imóveis", disse Gontijo.
Reunião decisiva
A Oi terá mais uma reunião decisiva na próxima semana.
A administração da companhia vai propor, em assembleia geral de debenturistas na segunda-feira, 26, a renúncia temporária de convenants (cláusulas de compromisso) financeiros durante os quatro trimestres de 2015. Bayard acredita que a companhia receberá o aval dos debenturistas.
"Está tudo muito bem encaminhado para a reunião", afirmou Gontijo.
Segundo o executivo, é feito um primeiro contato por meio do agente fiduciário, que conversa com os debenturistas.
"A gente acredita que não vá ter problema nenhum, que vá ocorrer dentro da normalidade", afirmou.