Painel da Bovespa: giro financeiro da sessão foi reduzido, de 5,8 bilhões de reais (BM&FBovespa/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2013 às 18h09.
São Paulo - O principal índice da Bovespa teve a maior alta diária em mais de 13 meses nesta segunda-feira, impulsionado por OGX e pelo otimismo com a China, que se somaram ao alívio com o adiamento de um possível ataque dos Estados Unidos à Síria.
O Ibovespa avançou 3,65 por cento, a 51.835 pontos, na maior alta diária desde 27 de julho de 2012, quando subira 4,72 por cento. O giro financeiro da sessão foi reduzido, de 5,8 bilhões de reais, num dia em que as bolsas nos EUA ficaram fechadas devido ao feriado do Dia do Trabalho no país.
O pregão marcou o início de nova carteira do índice, válida até 3 de janeiro de 2014 e que contou com a adição das ações das empresas de educação Kroton e Anhanguera.
Após ter despencado 40 por cento na sexta-feira, para o piso histórico de 0,30 real, a ação da OGX, empresa de petróleo do grupo EBX, subiu 33,3 por cento nesta sessão. "A ação fechou muito para baixo na sexta e hoje está ajustando o preço, o que causa um impacto muito grande", afirmou o gestor José Arivar, da Fram Capital.
O aumento do peso da OGX no Ibovespa em relação à carteira diária da sessão anterior pautou o movimento. "A partir de agora, com (cerca de) 4,3 por cento de peso no Ibovespa, qualquer variação no preço do papel terá um reflexo razoável no índice, e, nesses níveis, é de se imaginar que os movimentos serão severos", disse a mesa de operações do Credit Suisse.
Os papéis preferenciais da blue chip Vale também levantaram o índice. A alta, no enanto, foi generalizada --das 73 ações que compõem o Ibovespa, apenas 6 caíram. Um dos motes da sessão foram dados sugerindo que a China, grande parceira comercial do Brasil, pode ter evitado uma forte desaceleração.
A pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) mostrou que atividade industrial chinesa cresceu pela primeira vez em quatro meses em agosto, à medida que a demanda doméstica se recuperou. Colaborou ainda para o clima mais positivo o adiamento de um possível ataque dos EUA à Síria, após o presidente norte-americano Barack Obama ter afirmado no sábado que buscará a aprovação do Congresso do país antes de adotar uma ação militar contra alvos do governo sírio. "O alívio com relação à Síria acaba dando uma ajuda para a bolsa no curtíssimo prazo", afirmou o economista-chefe da Souza Barros Corretora, Clodoir Vieira.