São Paulo – Os papéis da OGX (OGXP3), empresa de petróleo e gás do conglomerado do bilionário Eike Batista, registram forte queda no pregão de hoje, chegando a uma desvalorização de 8,6% na mínima do dia, em 11,93 reais. A companhia diminuiu seu prejuízo em 56% nos três primeiros meses do ano sobre a baixa de do último trimestre de 2011, para 144,8 milhões de reais.

Para qualquer empresa, a redução no prejuízo deveria ser algo positivo. Como a OGX não teve uma operação comercial no trimestre, a notícia é neutra e indica apenas variações nos custos, conforme aponta a análise da corretora Planner. Os analistas destacam que a receita da primeira venda de petróleo, que ocorreu nesse período, não foi contabilizada no balanço, já que ocorreu dentro do teste de longa duração.

Embora ainda tenha registrado prejuízo, as expectativas da Planner são positivas para a empresa. A corretora afirma que a OGX deve experimentar um período de aumento expressivo no ritmo de vendas e conseguirá gerar caixa para continuar seu programa de exploração. Como ela ainda está em estágio de desenvolvimento, porém, os lucros expressivos ainda vão demorar para aparecer, afirmam.

Apesar de também considerarem que o impacto do resultado em si nas ações seja neutro, os analistas Marcus Sequeira e Luiz Fonseca, do Deutsche Bank, destacam outra notícia como ponto que pode levar os papéis para uma queda. “A declaração de comercialidade de parte do campo de Waimea pode trazer alguma pressão para as ações por conta do volume limitado declarado”, afirmaram os analistas em relatório.

Eles mantêm para a ação a recomendação de manutenção, com preço-alvo estimado em 18 reais.